Agora de volta ao forno e aos seus suspiros cor-de-rosa, e enquanto juntava uma pitada de sal às claras frescas, que ia batendo em castelo bem firme, Pimpinella meditava sobre a perspectiva de poder abraçar aquela oportunidade. Ser doceira numa pastelaria arrojada, de renome internacional. E fugir ao seu pardo dia-a-dia.
A sensação de que deveria aceitar aquele convite, tornou-se ainda mais forte, quando juntou o brilho do açúcar às claras e teve de as bater sofregamente.
Até se encheu de calores. Parecia que a receita crescia em seu favor, fermentando esta sua nova vontade.
E o aspecto do creme? Magnífico se tornava a cada gesto. Principalmente, depois de Pimpinella lhe ter juntado a gelatina de morango.
Mas foi no momento em que as claras se tornaram altas e duras, ocasião indicada para lhes verter o sumo de um limão, que uma gota lhe fugiu do fruto e lhe arrepiou um pequeno arranhão que tinha na mão. O ácido fê-la atirar um grito pelo ardor, e ao invés de se refugiar no sofrimento, o intenso queimor acometeu Pimpenella de um daqueles desejos fortes, quase físicos, que não reconhecem barreiras. Só metas.
Por altura de encher o saco de pasteleiro e moldar os suspiros, sobre um tabuleiro forrado a papel vegetal e o meter no forno, já Pimpinella, num instante de irrevogável verdade, ganhara todas as certezas do mundo.
Iria mudar de vida e começar a trabalhar na célebre doçaria.
A sensação de que deveria aceitar aquele convite, tornou-se ainda mais forte, quando juntou o brilho do açúcar às claras e teve de as bater sofregamente.
Até se encheu de calores. Parecia que a receita crescia em seu favor, fermentando esta sua nova vontade.
E o aspecto do creme? Magnífico se tornava a cada gesto. Principalmente, depois de Pimpinella lhe ter juntado a gelatina de morango.
Mas foi no momento em que as claras se tornaram altas e duras, ocasião indicada para lhes verter o sumo de um limão, que uma gota lhe fugiu do fruto e lhe arrepiou um pequeno arranhão que tinha na mão. O ácido fê-la atirar um grito pelo ardor, e ao invés de se refugiar no sofrimento, o intenso queimor acometeu Pimpenella de um daqueles desejos fortes, quase físicos, que não reconhecem barreiras. Só metas.
Por altura de encher o saco de pasteleiro e moldar os suspiros, sobre um tabuleiro forrado a papel vegetal e o meter no forno, já Pimpinella, num instante de irrevogável verdade, ganhara todas as certezas do mundo.
Iria mudar de vida e começar a trabalhar na célebre doçaria.
Não querem lá passar?
9 comentários:
De criar água na boca. Passei por lá, mas isto de comer só com os olhos...
Passei por lá. Será impressão minha , ou a Pimpinella usa muitos corantes?
Tive que passar por lá! Os suspiros cor-de-rosa impulsionados pelo sonho da Pimpinela não deixaram alternativa: tinha que ver a tal doceria... Meu Deus! Que pecado!... Além de ser em Barcelona que, por si só, já é uma tentação...
Beijos, Patti.
Eu adoro suspiros...estou a ver que tenho que ir comer um, ainda hoje. Mas onde é que vou encontrar um assim tão cor de rosa????
Estas receitas, são é um suspiro por mais boas letras.
Acabo de vir de lá da tal célebre doçaria. Sabes que nem me lembrei do chá? Um vinho do Porto branco e fresco ia tão bem, ó Patti!
Há uns doces lá que parecem os alfajors que se comem na Argentina. Só não têm tanta cor!
beijos docinhos da Pitanga
Patty....
eu até lá passava se pudesse...
tentação...
beijinhos
Pimpinella acabou de ter a visão do seu futuro através de uma gota de limão.Será bom sinal? De que ela não se tornará diabética?:)))
Que divino...agora vou passar lá...bjosss
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