Eu gosto de passear pelos corredores do supermercado, naquelas horas onde praticamente só existem eu, o carrinho, meia dúzia de clientes e os empregados.
Ando por ali nas calmas, vejo cada prateleira com atenção, leio os rótulos de fio a pavio, descubro produtos que nem sabia que existiam e muito menos que me faziam falta e compro-os, lembro-me de verificar prazos de validade, as compras ficam simetricamente arrumadas, tipo puzzle, encho sem culpas e vergonhas o carrinho de M-Joy de Caramelo, sem ser preciso disfarçá-los entre as palettes do leite e ninguém me acusa e diz, apanhada!
Fico meia hora no expositor do Douro, sem que alguém pense que me meto nos copos, não preciso de pedir licença, nem desculpas, ou correr atrás daquelas loucas esgrouviadas do fim-de-semana que andam sempre à pressa, sem nunca saberem onde deixam as compras e dizer-lhes ameaçadora, olhe esse carrinho é meu!
E ontem foi uma dessas tardes.
Lá andava eu a desfilar pelo pavimento deslizante e enquanto esperava que me cortassem o pão de cereais em fatias, mas bem fininhas, se faz favor, veio-me a ideia à cabeça: aquele era o sítio ideal para eu escolher uma vítima e transformá-la em personagem, nas minhas incursões de pretensão literária!
Fico meia hora no expositor do Douro, sem que alguém pense que me meto nos copos, não preciso de pedir licença, nem desculpas, ou correr atrás daquelas loucas esgrouviadas do fim-de-semana que andam sempre à pressa, sem nunca saberem onde deixam as compras e dizer-lhes ameaçadora, olhe esse carrinho é meu!
E ontem foi uma dessas tardes.
Lá andava eu a desfilar pelo pavimento deslizante e enquanto esperava que me cortassem o pão de cereais em fatias, mas bem fininhas, se faz favor, veio-me a ideia à cabeça: aquele era o sítio ideal para eu escolher uma vítima e transformá-la em personagem, nas minhas incursões de pretensão literária!
Ah e ali estava ela, no balcão da peixaria a dois passos de mim.
Cabelo farto, madeixado de ruivo e apanhado no alto da cabeça, com uma enorme mola roxa. Daquelas personagens ricas e lindas de morrer, mesmo ao meu gosto.
A expressão dos olhos atentos e o franzir do sobrolho, enquanto observava atenta a peixeira a amanhar-lhe o pargo mulato, revelavam alguém que sabia da coisa, e não me deixes escamas debaixo da barriga do peixe, que da outra vez o mê Augusto até se engasgou, grita ela para a romena espantada, cuspindo perdigotos de uma boca cor-de-rosa, daquelas mesmo pink-pink.
Eu deliciada com a cena e muito concentrada, a ver se nada me escapava dos seus atributos físicos; mas porque raio não trouxe o meu bloco de notas na carteira?
Ora descansava um pé sobre o outro, ora punha a mão na anca, ora via se tinha alguma chamada no telemóvel, ora riscava a lista e dizia em voz alta, deixa cá ver... deixa cá ver.
Parecia meio hippy, meio abandalhada ou melhor, a vestimenta era uma tentativa de qualquer coisa zen, que nem ela sabia bem o quê. Arrastou a saia indiana colorida até à fruta, acompanhada por um ritmo achinelado de toc-toc, toc-toc e num grande à vontade apalpou laranjas, cheirou morangos, dividiu cachos de bananas, franziu a cara aos melões e ... já? Não devem saber a nada. Melões nesta altura, isso é que era doce! Uma bela porcaria.
E o empregado, coitado, não sei dizer-lhe minha senhora, eu sou do corredor dos alguidares, só estou aqui a substituir um colega que está com febre.
Febre? grita a SÓraia, chamando a atenção de mais três gatos pingados, que andavam de volta da promoção do abacaxi.
SÓraia sim, nesta altura já a minha personagem foi baptizada por mim, com um nome sonante daqueles que vos vou deixando por aqui. E diz-se SÓraia, com acento no 'O'!
Oh filho, tu não me digas que é aquela doença dos porcos, lá da República Dominicana? Ele não sabia, mas achava que não, o colega vivia no Ramalhal e só tinha ainda viajado até Espanha.
Menos mal e lá foi ela, direita aos congelados. E eu também, para não perder pitada. Afinal, eu encontrava-me em missão.
Sem hesitar, abriu uma série de portas da câmara frigorífica e sacou tudo quanto era pizza: a pizza de atum para o Miguelinho; a de bacon para o Jonas; as Picolinas(?) para a Nhocas; a pizza de ananás com cogumelos para o namorado da Nhocas; os crocantes de galinha para o jantar; as patinhas de marisco para a festa da prima e o bacalhau à braz da marca %$&/#"?&, que era uma verdadeira maravilha!
Avançou direita para a caixa vazia, onde a empregada adormecida despertou em sobressalto, tal foi o estrondo que o carrinho da SÓraia fez ao embater no tapete rolante.
E atirando com tudo para cima da caixa, lá ia dizendo em voz alta e muito sorridente, olhando para a bela adormecida esgazeada de sono, ai filha deixa-me lá ir, deixa-me lá ir que daqui até Linda-a-Pastora, é um trânsito do caneco e ainda se me descongelam as caixas.
Um espectáculo, a minha SÓraia!
Cabelo farto, madeixado de ruivo e apanhado no alto da cabeça, com uma enorme mola roxa. Daquelas personagens ricas e lindas de morrer, mesmo ao meu gosto.
A expressão dos olhos atentos e o franzir do sobrolho, enquanto observava atenta a peixeira a amanhar-lhe o pargo mulato, revelavam alguém que sabia da coisa, e não me deixes escamas debaixo da barriga do peixe, que da outra vez o mê Augusto até se engasgou, grita ela para a romena espantada, cuspindo perdigotos de uma boca cor-de-rosa, daquelas mesmo pink-pink.
Eu deliciada com a cena e muito concentrada, a ver se nada me escapava dos seus atributos físicos; mas porque raio não trouxe o meu bloco de notas na carteira?
Ora descansava um pé sobre o outro, ora punha a mão na anca, ora via se tinha alguma chamada no telemóvel, ora riscava a lista e dizia em voz alta, deixa cá ver... deixa cá ver.
Parecia meio hippy, meio abandalhada ou melhor, a vestimenta era uma tentativa de qualquer coisa zen, que nem ela sabia bem o quê. Arrastou a saia indiana colorida até à fruta, acompanhada por um ritmo achinelado de toc-toc, toc-toc e num grande à vontade apalpou laranjas, cheirou morangos, dividiu cachos de bananas, franziu a cara aos melões e ... já? Não devem saber a nada. Melões nesta altura, isso é que era doce! Uma bela porcaria.
E o empregado, coitado, não sei dizer-lhe minha senhora, eu sou do corredor dos alguidares, só estou aqui a substituir um colega que está com febre.
Febre? grita a SÓraia, chamando a atenção de mais três gatos pingados, que andavam de volta da promoção do abacaxi.
SÓraia sim, nesta altura já a minha personagem foi baptizada por mim, com um nome sonante daqueles que vos vou deixando por aqui. E diz-se SÓraia, com acento no 'O'!
Oh filho, tu não me digas que é aquela doença dos porcos, lá da República Dominicana? Ele não sabia, mas achava que não, o colega vivia no Ramalhal e só tinha ainda viajado até Espanha.
Menos mal e lá foi ela, direita aos congelados. E eu também, para não perder pitada. Afinal, eu encontrava-me em missão.
Sem hesitar, abriu uma série de portas da câmara frigorífica e sacou tudo quanto era pizza: a pizza de atum para o Miguelinho; a de bacon para o Jonas; as Picolinas(?) para a Nhocas; a pizza de ananás com cogumelos para o namorado da Nhocas; os crocantes de galinha para o jantar; as patinhas de marisco para a festa da prima e o bacalhau à braz da marca %$&/#"?&, que era uma verdadeira maravilha!
Avançou direita para a caixa vazia, onde a empregada adormecida despertou em sobressalto, tal foi o estrondo que o carrinho da SÓraia fez ao embater no tapete rolante.
E atirando com tudo para cima da caixa, lá ia dizendo em voz alta e muito sorridente, olhando para a bela adormecida esgazeada de sono, ai filha deixa-me lá ir, deixa-me lá ir que daqui até Linda-a-Pastora, é um trânsito do caneco e ainda se me descongelam as caixas.
Um espectáculo, a minha SÓraia!
43 comentários:
(gargalhada divertida)
Obrigado pela dica, Patti. Vou manter-me afastado do balcão da peixaria. Fico curioso com o capítulo II, dirigindo-me (devagar, muito devagar) para a zona dos frescos. (Não páro de rir)
Esqueci-me de dizer uma coisa. Espectáculo é a música por aqui, não a SÓraia. :D
Mike:
A missão: personagens II, só Deus sabe onde será, mas de certeza que em algum lugar deste Portugal inusitado e único.
Good Jazz :)
Olá!
Acho lindo, criativo e talvez emocionante o teu sentido de observação das pessoas que se cruzam contigo, no teu dia-a-dia ;=)
Eu infelizmente faço parte "daquelas loucas esgrouviadas do fim-de-semana que andam sempre à pressa, sem nunca saber onde deixam as compras e dizer, olhe esse carrinho é meu!"
eheeheh
Beijocas
Mjf:
Um dia ainda transformo uma dessas 'loucas' em personagem. Deve ficar um must!
Apalpar as laranjas? Por isso é que por vezes me saem algumas delas pisadas, eu que julgava que às laranjas só se lhes tomava o peso!
Já parecem aquelas que enfiam o polegar no cú do melão para ver se está mole ou duro. Claro que quando lá vou está sempre mole, tal a quantidade de pessoas que lhe enfiou o dedo no cú e pior ainda depois cheiram-no. Que raio de costume!...
Tou aqui rindo muito.
Que figura!!
Olha, como dizia aquele reclame (uma publicidade a já não me lembro o quê): o espectáculo és tu!Grande post, Patti!
Ó Patti, até:
"Lá andava eu a desfilar pelo pavimento deslizante e enquanto esperava que me cortassem o pão de cereais em fatias, mas bem fininhas, se faz favor, veio-me a ideia à cabeça: aquele era o sítio ideal para eu escolher uma vítima e transformá-la em personagem, nas minhas incursões de pretensão literária"! tudo foi bem daí em diante foi uma risada só.
O empregado a dizer que é do corredor dos alguidares e que está a substituir o colega que vem do Ramalhal?
O que é que tu queres? Olha que a minha vizinha de porta já deve estar a dormir e quando eu abro o risador é um ai Jesus!
E deixa-me te dizer que também já experimentei este bacalhau á braz da marca %$#*& e é mesmo uma ma-ra-vi-lha. hahahahahahaha
boa noite Patti e cadê o meu comentário do tempo? Foi à vida?
A tua capacidade de escrver é que é um must.
bjs
olá
Como diz uma grande senhora que eu adoro, ver o lado bela da vida, do quotidiano é um dom. Eu gosto de ler os frutos do teu dom. Boa!
Mas... SÓraia... porquê? Pareceu-te só?... Aguardo a próxima.
Um grande beijinho.
Isabel Mota
Que grande alívio senti ao ler este belo post, Patti!
Eu também tenho esse hábito de ficar a observar- discretamente, claro- as pessoas e as cenas que se passam à minha volta( quando tenho tempo, o que não tem acontecido nos últimos meses...)e às vezes dou comigo a pensar se baterei bem da bola. Agora já sei que estou acompanhado...
Há tempos também escrevi lá no CR uma cena num supermercado,mas a minha personagem chamava-se Frederico.
Carlos:
Desde sempre, que me lembro de fazer isto e até agora ninguém me internou, até me espicaçam para eu começar nas minhas descrições.
É um fartote de rir, acredite e um exercício excelente para a imaginação.
Deixe lá, antes assim, é sinal que damos atenção ao que nos rodeia.
Então era pargo mulato ou (Só) raia?...
Belo texto, Patti!
(E não é que parece que combinámos, hoje???? rsrss)
Beijinhos
louca esgroviada de fim de semana sempre com pressa porque o tempo ..! oh senhores o tempo ..!
Acho que não gostei de me ver ali Patti .. mas o certo é que a descrição me serve.
:)
De facto há idas ao supermercado absolutamente "hilariantes"!
Excelente escolha musical. Hotel Costes, são todos muito bons
eu gosto de fazer da ida ao super um (certo) prazer; nunca andei atrás de ninguém porque não escrevo, mas é um óptimo lugar para se inspirar... ele há cada cromo! mesmo nas horas calmas que também eu frequento! Boa música! (tenho q mudar a minha...)
Sem que percebamos perdemos a fronteira entre o real e o imaginário. Fica-se tonto sem compreender quando começamos a imaginar para além do que lemos, ou se estaremos a ser demasiado realistas relativamente a palavras que são invenção. E assim chegamos ao fim… com vontade de ir para o hipermercado e descobrir outra personagem, diferente desta, mas com uma história para contar. … ou para inventar!
Quando eu vou ao hiper, super ou mini-mercado levo sempre a listinha bem preparada, passo os corredores a pente fino sem atender a promenores, escolho a caixa que tenha a menor fila mas, azar do caraças, é sempre a mais lenta!
A minha paixão é atravessar calmamente o Bolhão, de olhos e ouvidos bem abertos, mesmo que não faça compras não se consegue sair de mãos a abanar, ali não há "flores de estufa"!
Elogiam tanto a música e eu que daqui não a consigo ouvir! Qual é?
Paulofski:
Da Colectânea ‘Hotel Costes’ volume II, música: Jazz Music-Various Artists.
É fantástica mesmo.
Pois cá a je só pode ir ao fim-de-semana. Escolhe o domingo, logo às 9 da manhã, por ser um mal menor; realmente já senti uns olhos em cima de mim: eras tu? Andas disfarçada, raios!
Só sei é que a Sóraia faz jus ao nome, é só raia, mesmo, a tonta!
Atiro com as compras para dentro do carrinho que Mr. Darcy é que gosta de jogar Tetris, como aliás já postei lá no 31.
E isto de CBO, SI e tu falarem de pessoas de leste em post seguidos quer dizer o quê? Impulse!
Olha, por falar em personagens: já te inscreveste?
Por acaso acho que o nome não precisava de acento para lhe calhar mesmo bem. Soraia. Os filhos(ou netos porque em princípio casou-se lá pelos 18, 20) podem ter nomes tão variados como Joana Raquel, Sónia Raquel, Sandra, Ana Catarina, Cristiana, Ana Beatriz,ou então, Bruno Miguel, Cristiano, Rafael, Diogo Miguel, Sandro, etc, etc. As Cátias, as Vanessas e as Lilianas estão fora de moda. De qualquer forma isso pouco importa porque geralmente estes nomes são substituidos por "morcão"(ele) ou "morcona"(ela). "Ánda lá ó morcom! Fuago, num há pachuorra pá canalha!
ai como eu detesto supermercados e compras, e gente, e confusão...
Teresa:
Lamento que este meu post só te tenha inspirado isso.
Sabes que eu pertenço ao grupo dos tão distraídos que já passei pela minha filha no supermercado e não a vi? Ela ficou a gozar o pratinho uma série de tempo. É claro que bem poderia observar as pessoas que ainda ficava a faltar o jeitão que tu tens para as histórias com as tuas magníficas personagens.
Patti, sempre que fores às compra, é favor escrever post! Gostei. Gostei mewsmo!
Ai mulher...estou a ver que quando deslizas pelos corredores do supermercado se opera dentro de ti uma transfiguração do real!!!
(que vinho compraste desta vez? Aconselho-te o Muxagat...divinal!!)
Um espectáculo é aquilo que tu escreves!
Se alguém já o disse, desculpa!
Ando com tanta preguiça que às vezes nem leio os comentários anteriores, por isso posso repetir alguém.
Abraço
Oh Patti eu não gosto de supermercados, mas se fosse garantido que encontrava a tua Soraia, até ia!
Oh que história mais divertida. Pena que tenha sido brutinha com a rapariga da caixa. Não tinha nada que a acordar! Ah... o chocolate..também gosto!!!
Os corredores vazios, parece que agora também já se vão encontrando nas horas de ponta....efeitos da crise???!!!
Patti,
parabéns! 'rica' estória!
estou a rir... que bom!
e que grande 'dica' me acabaste de me dar... p'ra quando for a esses sítios (quase obrigatórios mas nem sempre agradáveis).. fixar-me num 'exemplar' e ir construindo um filme, com um 'The end' quando fechar a bagageira do carro :)
um abraço e um sorriso :)
mariam
Presumo, Patti, que a zona de congelados também estivesse deserta a essa hora, ou o charme peculiar da «espectacular» SÓraia não teria deixado de causar sururu entre os galantes frequentadores das bichas da secção. ;-D
Ai como eu me revi aqui...
Sabes que também me acontece isto?
Por isso adorei, soube-me bem, colocou-me um sorriso no rosto logo de manhã cedinho.
E voilá, é por isso que eu gosto de aqui vir!
Um beijinho.
Ainda por cima és das minhas na música!
Só agora vi no teu perfil... música brasileira! SEMPRE!
Outro beijo cheio de BOSSA.
Um espectáculo, o teu texto! Hilariante, sarcástico, desmistificador,verdadeiro - em suma, muito bem escrito :))
Um beijo
Este post está qualquer coisa de divinal! Mesmo a jeito para desanuviar a minha tarde entediada...
Beijos
Ir às compras é uma das tarefas que menos gosto, mas já que as tenho de fazer escolho a hora menos movimentada e sigo rigorosamente a lista feita em casa de modo a a poupar tempo para outras actividades que me dão mais prazer.
Gostei muito do teu texto cheio de humor.
beijinhos com raios de sol
Divinamente tu!
Haja pachorra... e eu q pensava que a panca era só minha... cum caneco!
:)
beijo de bom fim de semana no ar de sua graça.
Tu, a SÓraia e o homem dos alguidares fizeram-me rir e não foi pouco.
E olha que não é tarefa fácil nos tempos que correm...
Patti
e o que me ri com o teu post... Fiquei com menos problemas de consciêcia por ser assim tão observadora e fazer das pessoas minhas personagens que histórias...
Adorei.
Obrigada!
Patti,
A SÓ raia (ou seria para escrever junto...?)vive em Lisboa, Porto, Lagos, Viana, etc. Vive não...domina!
Eu também gosto muito de apreciar as pessoas de observar ou até imaginar o que fazem, o que são. Depende dos sítios: sentada numa esplanada, no aeroporto, no consultório etc. Agora no supermercado só quando há bicha para a caixa porque senão quero é despachar-me o mais depressa possível dali. Mas na verdade deve-se encontrar gente "baril"!!!!
Gostei da dscrição da Sóraia.
As coisas que se vêm num supermercado.
Gostei desta ida ao supermercado.Sobretudo do fluir da palavra.
O que eu já me ri. Que sorte a minha lê-la. Quantas SÓraias não encontro eu pelos caminhos dos mercados (hiper, super e mini)... que inveja tenho do seu saber contar estórias.
Obrigada.
Abraço.
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