O rapaz que anda à cata do lixo bom na minha rua, sabe da vida de todos os vizinhos através dos nossos restos, das pistas que deixamos sem querer, de pedaços que já não queremos e que despejamos todos os dias nos contentores.
Penso eu, que deve até já ter topado que a sirigaita de carrapito do 4º esquerdo é um pouco para o porca-relaxada; já eu, de desmazelada nada tenho e o sujeito de mim não tem como falar. Aliás, se for homem atento ao que deitamos fora, reparou de certeza que eu passo sempre por água todas as embalagens antes de as colocar no amarelo. E faço o mesmo com os vidros.
Até posso descer à rua de roupão florido de flanela, rolos na cabeça e com o meu salsicha pela trela, mas sempre, sempre de unha arranjada e mais: recolho todos os extras do canito do passeio, naqueles saquinhos que a câmara fornece.
De suja não tenho nada, sou mulher de muito asseio. Ouviste bem, oh flausina?
Penso eu, que deve até já ter topado que a sirigaita de carrapito do 4º esquerdo é um pouco para o porca-relaxada; já eu, de desmazelada nada tenho e o sujeito de mim não tem como falar. Aliás, se for homem atento ao que deitamos fora, reparou de certeza que eu passo sempre por água todas as embalagens antes de as colocar no amarelo. E faço o mesmo com os vidros.
Até posso descer à rua de roupão florido de flanela, rolos na cabeça e com o meu salsicha pela trela, mas sempre, sempre de unha arranjada e mais: recolho todos os extras do canito do passeio, naqueles saquinhos que a câmara fornece.
De suja não tenho nada, sou mulher de muito asseio. Ouviste bem, oh flausina?
Ass: Amelinha (o meu alter-ego)
20 comentários:
O lixo é como o colesterol. Há o bom e o mau. O civismo dos portugueses é que não varia.É sempre mau.
Gostei especialmente da "tua" imagem a levar o cão á rua!
Lixo, respeito, civismo e 70% da população são coisas que não cabem no mesmo saco.
Ó valha-me Deus!!
Que se registe aqui já, a preto no branco, e nos livros timbrados da Presidência que os textos lavrados sobre bairros e diários comprometedores, estão agendados há muito, nos cofres lá do estaminé, de que só eu tenho o segredo, ouviram bem??
P.S. E ó Sra. PresidentA, o seu ego já não é alter o bastante, inda tem que arranjar uma outra, com nome e tudo??
Oh Amelinha dos olhos doces, és um doce de asseio e de ironia!!:))
Mais Nada!
Os restos dos nossos segredos.
Gostei muito deste texto, Patti
um beijo
Até que eu gostava de ver o teu "outro eu" de roupão de flanela e com rolos na cabeça. hehehe
Olha, também tenho praia lá em casa...e Vinícuis e Toquinho!
Ouvir esta música e ler-te ao mesmo tempo foi o máximo!
Continuas com um humor muito refinado!
Abraço
Amélinha, dê-me um autógrafo! :)
Fossem como a Amélinha todos os meus vizinhos, e não dispararia tantos insultos...
O Planeta vos agradece!
Chamo isso de Educação!
Eu que deletei meu blog, logo criarei outro só para vir aqui te agraciar.
Quanto ao pijama, costumo ir até a locadora trocar o dvd que deu "pau" no meio do filme, com ele mesmo.
Mas com as unhas feitas, se é que isso me redime.
Janaina Porto
Qual Amelinha qual carago! Eu é que sei! Um destes dias tive que bater cos calcanhares no cú, quando me saiu da porta envidraçada semelhante duo. Ao salsicha ainda eu era capaz de dar um biqueiro, mas quando levantei a cabeça e vi os olhos dela, vai-te que se faz tarde...
Se puseres semelhantes olhos à sirigaita do 4º Esquerdo, garanto-te que ela que ela passa a ser mais asseada! Ai passa passa...
Ó Amélinha vê lá se esses olhos de tão doces não se enchem de formigas, milhére!
Eu cá ponto tudo no amarelo, no verde e no azul mas sem lavar que os ecopontos aquilo é tudo ao molho quando os despejam.
E lavas e gastas a água que faz falta ao Planeta.
Ai Amélinha!
Gostei deste "Post" de ecologia.
Quanto aos saquinhos que a Câmara "oferece" para utilizar nos extras dos canitos, ainda não vi por Lisboa.
Vejo sim em Oeiras, em locais próprios nomeadamente junto a jardins. Ou será que isso acontece só nas ditas "Avenidas Novas" em Lisboa?
Cumpts
APS
Amelinha, desculpar-me-á mas, depois do que li, não há nada que me faça conseguir imaginá-la de roupão florido de flanela ou de rolos na cabeça em plena rua... Nem sequer pela calada da noite!
P.S.: O salsicha ainda vá que não vá…
;-)))))
tens que avisar a amelinha que a água é um recurso mais raro e valioso, nada de lavar embalagens que vou derreter a 1000º
;)
bjs
Ainda bem, que não sou eu a única a passar sempre por água todas as embalagens e vidros antes de os colocar no amarelo, verde, branco, castanho. Aqui, também me ralham muito por causa da àgua, mas não consigo deixar de os lavar. Realmente, no que respeita a àgua não sou muito poupada!!!
O meu bairro envia-te um selinho para homenagear mais uma vez a tua escrita e o teu humor. O selinho chama-se "Literatura é Arte" e é, na verdade, uma arte, que alguém me faça rir, e tu consegues isso com a tua literatura humorística.
Bem, já percebi porque é que se sente aqui um cheirinho tão agradável: é mesmo do asseio da senhora administradora do blogue
:-)
:) só tu, já tinha saudades de te ler a rir!
beijoka.
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