Caminhou toda a existência de cabeça baixa, habituado a obedecer e servir sem reticências, nunca deu por nada, por coisa nenhuma, sequer deu por si.
Não soube que a vida é um momento breve, a felicidade um instante e a luz do dia um veloz clarão.
Quando o chamaram pelo nome que não sabia ter, nem ligou. Foi preciso insistir, para que acordasse os olhos das pálpebras e olhasse para quem lhe gritava.
Era a vida, que reparando finalmente nele, o vinha chamar para a cumprir.
Morreu de imediato, logo ali, em cinco ou seis segundos.
Chamava-se Efémero.
Não soube que a vida é um momento breve, a felicidade um instante e a luz do dia um veloz clarão.
Quando o chamaram pelo nome que não sabia ter, nem ligou. Foi preciso insistir, para que acordasse os olhos das pálpebras e olhasse para quem lhe gritava.
Era a vida, que reparando finalmente nele, o vinha chamar para a cumprir.
Morreu de imediato, logo ali, em cinco ou seis segundos.
Chamava-se Efémero.
36 comentários:
Quantos efemeros andam por aí deixando passar a vida sem nada "fazerem" com ela e por ela!Como me deixa triste constatar tal facto quando também sabemos que haveria tanta gente a querer ter mais um minuto vivido em pleno da sua vida!
Está a falar de tudo e todos, Patti, embora alguns ainda não tenham percebido. ;-)
E são tantos!
Alguns andam cá 80 anos e mesmo assim foram Efémeros.
Bjs
Quero lá saber se ele morreu, o que me interessa é saber que estou mais sossegado!
Safa!
Eu já penso que falas de sentimentos. Cada vez mais efêmeros, fugazes, fluidos.
boa noite, menina Patti.
O efemero de todos nós...
Beijo quentinho com sabor a chá das cinco e scones... quem sabe um dia, para guardamos como recordação boa no lugar das recordações boas, beijo quentinho!
de tudo e de todos como diz Luísa e bem :)
Pena que haja quem o constate tarde .. muito tarde.
Brilhante texto Patti *
Oefémero é como um fogo fátuo, nem sequer caminha, enflasha-se e eclipsa-se.
A imagem de marca do Ares, a sua cortina, de vez em quando também lhe dá para as efemeridades.
Hoje está de volta!
Olá!
O melhor mesmo é viver a vida intensamente...
Beijocas
Efémero é tudo o que é frágil e belo...
Enquadra-se no ditado que diz, que tudo o que é bom acaba-se.
triste a condição de Efémero, sobretudo se não tem consciência de si mesmo...
E podia ter o nome de qualquer um de nós...por vezes.
Ohhhh... Patti! Que bonito e triste ao mesmo tempo... é verdade, há tantos efêmeros por aí.
Esta vida é mesmo assim, passageira e tão fugaz, que quase não dá tempo de a aproveitar. É mais ou menos como o meu salário!
GI, para mim o cenário continua cinza. Não roupas, nem molas. Deve ser porque está a chover e a dona da casa não pôs a máquina a trabalhar.
beijinhos meninas
parece que há bastantes assim mas ã vida não os chama
Os que nascem e falecem no mesmo dia…como algumas borboletas de asas coloridas…
…tão plenamente como quem duram cem anos… o importante mesmo é a intensidade com que se salta a fogueira….
Olhar o vento nas labaredas da vida… a alegria e o sorriso, o beijo e o abraço numa tarde de chuva… tão efémeros quanto o arco-íris reflectido no lago dos sonhos….
Ou noutro assim belo como o da tua imagem...
Das nuvens beijinhos
Olá Patti!
O "efémero" também pode ter um lado positivo... e a imagem é um sonho.
Sei, que a Patti nem quer desafios, nem prémios. Todavia, ao pedir para ir buscar o prémio, que tenho no "ematejoca azul" para si, é uma maneira de dizer, que gosto deste blogue.
O vídeo do portugues perdido em Berlim coloquei-o no "ematejoca"!
Cumprimentos de Düsseldorf!
Ora aí estão as molas e o varal. É sinal de que a dona da casa já ligou a sua Ariston.
Acho que cada vez ha mais Efemeros.
Beijinho.
Pitanga:
Olha que sempre cá estiveram. Isso deve ser o calor que te tolda a visão...:):):)
Estou com a Justine, no que concerne à beleza.
Tenho medo do que veio para ficar e que é triste, feio e nos faz sofrer!
Abraço
O grande problema, é que muitos pensam que são eternos. Se assim não fosse, o mundo seria de certeza melhor
Quantos de nós temos muitos momentos assim, deixamos a vida passar ao lado e de repente quando nos damos de conta ela está a findar e tal como dizes aí pensamos fui efémero.
Efémero soa sempre a inacabado, a desperdício. Curiosidade, Patti: Efémero era o nome ou o apelido do senhor?
Mike:
Nome. Nem sequer teve tempo para ter apelido.
e foram tantos os efémeros...
gostei muito deste efémero momento.
Só tenho tempo pata um beijinho, amanhã comento...sorry, não deu para mais hoje, e estes posts não se comentam de qualquer maneira.
Beijnhos
Agarremos o efémero, com unhas e dentes. Não é disso que vivemos, desse instante de tempo que inscreve nas nossas vidas o fugaz, o bom, o que nos marca a pele?
A minha pele tem muitas marcas dele.
Eu acho que a tua também.
E é nela que leio as tuas palavras.
Quantas vezes o efémero é o mais intenso. E quantas vezes não damos valor a esses breves instantes.
Não consigo comentar este texto. Já li, reli e tornei a ler.
A palavras fogem-me das mãos e não as consigo agarrar, ao dar-me conta que todos os dias são assim, passados em momentos fugazes que não voltam mais, e que, de repente, quando pensamos que ainda é ontem, afinal já é depois de amanhã.
O tempo voa e as pessoas nem dão conta...
Todas as pequenas grandes coisas passam por efémeros acontecimentos que se não lhe dermos o devido valor...já era...já foi...
Beijos!
Há uma beleza nobre no efémero, Patti. Uma espécie de grandeza, embora raramente seja vista como tal. O que está de passagem tem sempre pouco peso, mas por outro lado é livre.
E não somos todos efémeros???
Beijinhos.
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