Eram cartas escritas para dizer que estava vivo, precisava de fazê-lo, de escrever todos os dias para saber que tinha sobrevivido mais uma vez; não podíamos sequer colocar o nome da terra onde estávamos para não dar a conhecer aos do outro lado a nossa localização.
(uma longa viagem com ALA, de joão céu e silva, 09)
(uma longa viagem com ALA, de joão céu e silva, 09)
Eu sei, já tem quatro anos, mas tem-me valido nalgumas noites brancas de insónia. Apesar da sensação de intenso voyeurismo que sempre me invade, quando o folheio com um imenso pudor.
No mínimo comovente. No limite perturbante. E no íntimo tem muito do António de hoje, mesmo que ele o negue.
14 comentários:
Este livro comprei-o, finalmente, na semana passada.
Agora leio o último acompanhado do livro do João Céu e Silva.
Ai Patty, faz uma pausa...
tenho de ir á livraria...
beijinhos
Já li e gostei. Mas Patti, não me parece que vá resolver as suas insónias.
É remedio santo. Aquece a alma como uma botija de água quente.
Conheci-o tarde. Será que se fala de Lobo Antunes no Português das escolas?
(O voyeurismo não existe no que nos é oferecido para vermos. Talvez seja da vontade de permanecer em companhia dessas letras que se oferecem a si, que essa insónia se alimenta.)
Estou a ler o último,comprei-o na sexta feira.
bjs
.. excelente remédio minha Amiga *
e tem muito dele sim ainda que eu não entenda porque o nega ;)
Beijinho *
Creio que estas tuas insônias sejam devidas a demora da chegada da tua estação favorita. Nunca mais é INVERNO!
beijinhos em tempo fusco por cá (mas sem frio)
Um belíssimo e perturbante testemunho. E também um novo olhar sobre a escrita de António Lobo Antunes.
abraço
tenho-o autografado :) o que o converte numa das minhas joias mais valiosas.
depois, em minha opinião - claro - tem lá dentro a mais bela carta de amor escrita em português.
Confesso o meu total desconhecimento sobre o conteúdo deste livro, tanto tempo que já passou depois de uma juventude passada a devorar escritos.
Sinto falta, é verdade, mas que fazer?? Talvez esperar pela reforma......
Há linhas que lemos e relemos e relemos...
Sabe bem!
São cartas de amor e estas nem sei se são "ridículas"...
Bjs
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