“Preguiça, é o hábito que se contraiu de descansar antes da fadiga”.
Pois é, acordei assim.
Foi da boa vida, dos ares do campo, da mesa farta, do descanso no jardim.
Ainda estou na ressaca, no desfrute e na saudade.
Amanhã já ‘desperguicei’.
que vou deixando por aqui, pela minha vizinhança, no meu blogobairro
Pois é, acordei assim.
Foi da boa vida, dos ares do campo, da mesa farta, do descanso no jardim.
Ainda estou na ressaca, no desfrute e na saudade.
Amanhã já ‘desperguicei’.
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tags 7 pecados - preguiça
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tags fim-de-semana
. . . eu também sei da vida da minha vizinhança; das férias, praia, roupa costurada, filhos, músicas, Alentejos, Martinicas, beijos e abraços, parolices, conversas de amores, balões de S. João, óculos escuros vintage. Que há quem nunca tenha visto o Cinema Paradiso; aniversários de filhos; desenhos nas nuvens; que o George Michael é um tiro no coração de alguns, como no meu; que há quem precise de abraços; uns que deixam um bater de asas, outros que me dedicam posts; que as minhas recordações são as de muitos vocês e os medos também; há quem me ofereça fotografias azuis; e que houve alguns que não viram o derradeiro jogo, como eu; que desabafam quando nadam, que já viram a savana de balão, que não gostam do Scolari, que gostam do Scolari; que se deixaram levar da minha querida Lisboa, para estarem melhor noutro lugar. Que me falam todos os dias de Madrid, de França, do Brasil, da Alemanha, de Moçambique. Pessoas que dão voz nos seus blogs, a causas que precisam de atenção e os outros acordam; uns que se revelam muitas vezes na minha caixa dos comentários mesmo quando brincam; os que falam de zangas e de reconciliações. Os que se vão abaixo, mas não caem e voltam com força; aqueles que andam tristes e não conseguem escrever; os que me lêem e que nunca mais partem e outros que só me visitam uma única vez e depois nunca mais voltam; os que gostam de surpresas. Os dois homens que não conheço e que nada percebem de mim e deste blog mas que disseram: um, que eu de fato de treino devia ficar um 'miminho' (tristeza!) e o outro que as mulheres deviam era andar todas despidas eeehhhhhh (tal qual!). Os que acham graça às minhas conversas com rabos, com as pontuações, com 'coisas' do Senegal, aos meus elefantes e aos meus pontos finais e os que pensam que eu sou maluca. Um anónimo, que gosta dos mesmos poetas desgraçados. E um leitor da Califórnia, que me lê muitas vezes mas que nunca me fala. A Ka, que pensou nisto. A Gi, que tem um blog novo.
Gosto de vos ouvir para além do que me dizem.
É assim que eu sou, vejo muito, ouço tudo, escrevo longo, mas estanco sempre nos pormenores.
Bom fim-de-semana e eu também queria estar no vosso jantar…
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tags coisas minhas
Eu não sou uma pessoa física com os outros. De festas, beijos e toques. Ou bofetadas. Nunca fui. Mas gosto de abraços.
Peixe na água, sou com as palavras, com as minhas razões e com as minhas verdades. Que não são as dos outros. E nem quero que sejam.
Mas tem de ser na altura exacta. Porque depois.
Depois deixem-me em paz.
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tags coisas minhas
Eu aprecio a espontaneidade dos parolos. São assim e pronto. Não se coíbem.
Não se preocupam com a reputação, porque não a têm e envergam a blusa de alças à vontade, mostrando as marcas do sol nos braços, deixadas pela t-shirt apertada.
Eu quando acordo parola, o que felizmente, acontece com alguma frequência, quero lá saber que o verniz se me lascou de uma unha, que tenho de fazer as madeixas ou que os jeans estão sujos no rabo.
Nesses dias, dou a mão ao George Michael, ponho-o no cd do carro e obrigo-o a cantar bem alto e só para mim. Rio-me para os cretinos dos homofóbicos que o odeiam por ser quem é. Nada sabem. Matam-no logo à partida. Nunca irão ouvir o piano de ‘Cowboys and Angels’, a voz espantosa quando canta ‘I Can’ Make you Love Me’, nem sequer ‘One More Try’. E mesmo se ouvirem, nunca vão entender. Não é para todos.
Aliás, em relação a ele, sou mesmo é uma parola do pior, pois sou-o diariamente.
E quem não gostar que não coma. Come ele. E acho que até come muito bem; o namorado é lindo de morrer.
É tão parolo fazer-se escolhas com base na ignorância e no preconceito! É pior que a ‘sande’ de pastéis de bacalhau na praia, que cães de louça brilhante no meio da sala de estar, fontes de pedra com sereias nuas no jardim, a deitar água pela boca ou a bandeira do clube à porta de casa.
Tenho a maior das penas de não saber escrever o que ele escreve. De não conseguir passar para a pauta aquelas letras. De não ter aquele talento e oferecê-lo a quem não beneficia dele. Gosto de homens que sentem assim. Outstanding!
Ah e para os mais básicozinhos, se me chateiam muito, ainda levam com o Careless Whisper; é que hoje estou virada do avesso.
O que ele faz ou deixa de fazer nas casas de banho públicas não é da minha conta. Da minha conta é quando uma vez mais o fdp do vizinho do lado arreia na mulher, maltrata o filho e acorrenta o cão.
E trás aquele ar limpo de não parolo com a Lacoste ao peito.
Mas com a boca e as mãos sujas.
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tags coisas dos outros
É de noite, antes de adormecer, naquele meio-termo de consciente-inconsciente, na média luz, que os maus me afrontam. Os bichos-papão, os ladrões debaixo da cama e o lobo mau. Tentam penetrar-me no pensamento. Intimidar-me. Fazer-me arrepiar. Meter-me medo com ameaças de infortúnio, de calamidade, de infelicidade e da desventura!
Eu afasto-os logo. Depressa. E devagar.
Ao mesmo tempo devagar. Enxoto-os com calma, para não os assustar, não vão eles precipitarem-se pela porta adentro do quarto ao lado do meu, interrompendo logo ali, o sono da minha vida, o sono puro que ali descansa em paz, porque acredita que eu existo, que eu estou sempre acordada para a salvar.
Ela ainda não sabe que há coisas com as quais eu nunca poderei lutar. E a angústia aperta-me a garganta.
Prefiro assim. Sofro eu com a desdita. A desdita que talvez nunca venha para ficar. Que não repare em nós, que se distraia no escuro, que se perca nas sombras, que se enfie num beco imundo e morra para lá, sozinha.
Por agora, só vem de noite para me afrontar e aí eu quero ver quem ganha, se a leoa mãe ou a bruxa má!
Falei muito baixo? Conseguiram escutar-me? É que não vá ela topar que eu ainda estou por aqui. Acordada.
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tags coisas minhas
Quando chegava o tempo bom, ia-se espreitar as modas na loja de tecidos e fazer os aviamentos na capelista, a D. Maria; comprar botões e fitas coloridas, que vinham sempre em embrulhinhos de papel, com as contas do preço feitas a lápis.
Cá fora, a rua servia de montra e o Sr. …. como é que ele se chamava?, colocava tudo no passeio, ao sol e ao vento.
… ao sol, eu acho que as florinhas se riam e brincavam umas com as outras. Acho mesmo.
Oh menina, chame a mãezinha e venha ver as novidades!
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tags coisas minhas
Cérebros femininos e masculinos.
Bestial!
Eis a explicação: the boxes.
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tags masculino e feminino
Eu nunca escrevo sobre os amores. As paixões. Sobre corações.
Não sei.
Mas também penso que não quero.
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tags coisas minhas
Eu nunca escrevi nada.
Mas nem para as férias eu faço uma lista decente. E nem sequer risquei portas dos wc públicos.
Na zona encefálica branca, estão os escritos tolos, do gozo e da troça.
São os que eu mais gosto. Às vezes demais. Os difíceis. Estes cinzentos todos.
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tags coisas minhas
As férias definidas, os passeios imaginados, os restaurantes escolhidos, as praias seleccionadas, os amigos combinados. Mil planos.
No Verão desgasto-me com o caos dos estacionamentos, o ar seco que queima a garganta, o sol escaldante, o pó da estrada, o não lugar para o guarda-sol, os berros dos miúdos quando os pais lhes fazem amonas, a areia que tem vida própria e se enfia em locais espantosos, o caraças do protector solar que afinal não vale nada, o sal que me pica a pele, o meu cabelo que passa de rebelde a selvagem, os empregados dos restaurantes, o nadador salvador que é um traste, o barulho das motas de água, os cães a fazer cocó à beira-mar, o vento que leva tudo, as geleiras familiares das gentes, os livros de reclamações que não existem, a água que fica morna num instante, os ingleses e os alemães ao sol, encarnados …
Gosto dos fins de tarde, do tom da pele, das chinelas com as calças largas a tocar no chão, dos dias compridos, do carrego de livros, da música, da brisa da noite, de correr na praia, da sangria, do peixe grelhado ao jantar e de ir para Lagos e Sagres.
Vou na onda, mas não estou bem.
No meu Verão, usava-se camisola na praia até ao meio-dia, por causa do frio. Jogava-se ao prego. Cheirava a iodo, subia-se a rochas, que nos cortavam os pés, apanhava-se percebes, lapas, mexilhões e caracóis do mar.
Coleccionava-se búzios, conchas e vieiras. Que ainda hoje guardo. Enchiam-se os baldes com peixes pretos e camarões. Organizávamos corridas de caranguejos.
O meu Verão chamava-se férias grandes.
E tinha avós. O meu Verão tinha avós. E colo.
Agora não.
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tags coisas minhas
Hoje de manhã quando abri os olhos, tinha o meu elefante, ao meu lado, na minha almofada, nos meus lençóis de algodão, na minha cama. Comigo.
Enfiei uns óculos escuros, para ver se doía menos.
Não dá para correrem de pantufas? Não conseguem emitir menos decibéis? Porque é que não comunicam sempre por infra-sons?
Tens mais sorte que a minha mãe e as minhas tias. Aqui na selva não há Trifene.
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tags coisas minhas
Eu gosto de saber, de conhecer e de aprender. Sempre fui curiosa nesse sentido. E muito mais sou, em relação a temas que não domino, mas que no dia a dia tenho de saber alguma coisa, mesmo que não me agrade.
É fantástico!
Não entendo broa do assunto, mas lá vou eu de sorriso na cara e com umas quantas palavras-chave decoradas; daquelas que estão escritas no calhamaço que vem com os carros, sabem?
Mas os tipos às vezes lixam-me. O último foi assim, com um arzinho de condescendente, que só me apeteceu dar-lhe um estaladão:
Qual é a motorização do meu carro?
São ou não são sacanas, os senhores de cor-de-laranja?
Estupor!
Tu não me tramas! Começo logo a rir-me para ele.
A quêêêêêêêêê? A motorização?
Ouça lá, não me faça essas perguntas!
Motorização … motor … potência … força … cilindrada! Eu até lá chegava, tinha era de pensar mais um bocadinho.
É a cilindrada não é! Podia ter dito logo. Mudou de nome agora, foi? Ou ‘tá a ver se eu percebo alguma coisa disto?
Parvalhona! Mulheres!
Trombas! As dele claro, que eu farto-me de rir.
Qual é a marca e o modelo do seu carro?
É um Hondaaaa…. Faço-me de parva.
Civic?
Não, isso era o outro.
Híbrido?
Isso queria eu, mas ainda não foi desta.
É um Honda daqueles pequeninos, amorosos e queridos, sabe?
SEI! UM JAZZ! (furioso)
Boa! Acertou ‘tá a ver! O senhor até percebe disto! É que o carro é novo e ainda não estou habituada. Também o acha querido?
Pequeninos, amorosos e queridos?
Estas tipas são mesmo parvas! Vai p’ra casa coser meias, lavar escadas e fazer o jantar que o teu lugar não é aqui. Deves ‘tar casada com um banana, para vires aqui sozinha, fazer pouco da malta!
Deve ter flipado de todo!
Não há nada mais triste do que alguém que se leva demasiadamente a sério. Ou que pensa que um carro pode ser o prolongamento do seu sexo.
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tags coisas dos outros
leopardo e cria de babuíno...os melhores exemplos vêm quase sempre dos animais.
Oh mãe, sabes que o chocolate que andaste a comer o Inverno todo, não engorda?
Não engorda? A sério? Mesmo? Que alívio.
Engordas TU!
Adeus.
Vou para as marchas; mas não são as da Avenida.
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tags coisas minhas
Às vezes gostava de ter nascido acéfala, libelinha ou girassol.
Os bombeiros sem combustível, comida estragada para o lixo, prateleiras de supermercados vazias, bombas de gasolina secas, milhões de euros perdidos em contratos por cumprir, com outros países da Europa, o pessoal alarmado, carros abandonados e vandalizados, camiões incendiados, pedrada a torto e a direito, facadas e navalhadas, mortos.
Os piquetes de greve foram reis e senhores, fizeram o que lhes deu na real gana. Começaram com razão e acabaram sem ela. Num total desrespeito pelo direito de quem não quer fazer greve, que resultou em perseguições, agressões e ameaças nas barbas da polícia e das câmaras de televisão. Nas trombas de toda a gente! Na minha cara.
Será possível toda esta ilegalidade e ficar tudo impune?
Não vale a pena entrar em pânicos e alarmismos, não é sensato, mas as bestas que nos governam abriram a boca? Só ouvi ontem.
Mentira. Ele até é querido. Ontem à tarde disse que sentiu a vulnerabilidade do país. É querido não é? Um tipo que sente assim e até confessa. Não é fofo? Desta vez não pediu foi desculpa. Vulnerável é uma palavra amorosa de se dizer, fofinha, meiguinha.
E a chefa da oposição? A madame da cara simpática? Onde é que andou? A passear no East End londrino?
O pior, é que tudo isto não foi a abertura de um precedente, foi o próprio do precedente completamente escancarado e a gozar com a nossa cara de parvos.
Entrai, entrai!
Taxistas, posicionem-se à porta dos liceus e irrompam pelas passadeiras, sabotem o taxímetro e vão praticar tiros de caçadeira para os bairros da droga; agricultores, incendeiem as culturas, de preferência com habitações no meio, matem o povo à fome e despejem a fruta podre
O pessoal ‘tá é preocupado com os golos do Ronaldo e se o futuro do Scolari, conhecido tão abruptamente, não irá transtornar emocionalmente as princesas bailarinas da nossa selecção.
Às vezes gostava de ter nascido acéfala, libelinha ou girassol.
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tags coisas dos outros
Eu gosto dos poetas desgraçados. Infelizes, doentes, mórbidos e suicidas.
Almas negras, sonhadoras e tristes.
Eu que sou viva e perceptível.
Devoro-os. Os poetas condenados.
Ninguém diz Adeus como o meu Garrett.
Sei o que me atrai nos poetas feridos e decepcionados.
É a alma que desfrutam. Eu não quero ter alma.
A palavra certa que mete conversa com eles. E que comigo nem sempre fala.
Não consigo!
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tags coisas dos outros
Sabe que noutro dia tirei fotografias a estas roseiras?
Claro que sei. Também gosto que me alegrem o meu.
Ela ainda lá está, quando volto com a Beatriz* da escola.
Oh mãe, olha aquela velhinha a arrancar as ‘tuas’ rosas.
Há dias, em que respiramos de alívio.
Nos outros.
Nos filhos.
Para a Gi que é do Mr. Darcy
Para a Coragem sonhadora e Olá positiva
Para a Blue das bonecas lindas, F@ das cores e de dentro para fora, benfiquista do norte. Podem sentar-se!
Para a Pitanguinha, do calçadão de Ipanema
Para a Nina, feliz mãe na Alemanha
Para a Su de Moçambique (Voltaste!)
Para a @nn@, de Ile de France
Para a Árvore melhor coreografada do meu blogobairro.
Para a Cláudia, de la movida madrileña, de tapas y de copas.
Para a Fiona de Bourbon, MirMorena, Alfabeta, Inês, Um Quarto de Fadas, e SC.
Para que nunca se percam: FM, Miguel.com, Paulofski, Pinoka, pD, Pj e Rocket.
O último, é o primeiro. Se os blogs têm alguma razão de ser, a existência deste será uma delas. Vou lá sempre, desde que tu, Olá, mo apresentaste e que por várias razões me é muito especial.
Para o autor e para o protagonista do blog nacional, mais bonito que há: Peter Pan. Que a tua vida seja sempre carregada de cor.
E agora vou ver se a Beatriz também ganha algum prémio. Hoje tem provas no Picadeiro.
Bom Feriado :)
Todos estes presentes são pessoais.