Gosto bastante de ver aquele reality show dos senhores gordos. Aquilo é mesmo a doer: sérios exames médicos, treinadores ultra-exigentes, dieta rigorosa, acompanhamento psicológico, exercício físico exaustivo.
Ah, e depois também há lá aquele treinador; o Bob!
Os concorrentes sofrem as estopinhas, constantemente em cima da passadeira a correr que nem uns desalmados, step acima e step abaixo, abdominais de 180cº, pesos que mais parecem rodas de camião, exercícios de elásticos, enormes bolas de stress. E bufam, e choram, e gritam, e reclamam, e desistem, e recomeçam, e dizem palavrões, e desmaiam...
Ah, e depois também há lá aquele treinador; o Bob!
Aquilo é um programa à americana, eu sei. Está feito para que não despeguemos o olho do ecrã, carregadinho de truques, competição, pequenas traições e manipulações, jogos de bastidores e afins. Mas na verdade é que aquela malta emagrece, mas emagrece a valer. E não são só alguns gramas, são quilos e quilos de banha que se perdem a cada semana. Até fico parva com tanta caloria.
Ah, e depois também há lá aquele treinador; o Bob!
Não é só show televisivo, e isso é o que eu gosto mais de ver no Biggest Loser. Não é só blá-blá de boca, ali vemos os resultados de dia para dia. São-nos mostrados in loco os erros que cometemos todos os dias na alimentação, e como isso pode ser muito facilmente contornado. Revela o que a inércia e o sedentarismo fazem à nossa saúde física e psicológica, e principalmente, prova que a força de vontade leva-nos aonde quisermos. É um programa motivador. Ah, e depois também há lá aquele treinador; o Bob!
Mesmo depois de expulsos, os concorrentes continuam a perder peso em casa, pois ainda está em jogo um prémio de não sei quantos mil dólares para aquele que, já não estando a disputar a final, continue a ser incentivado e siga com a vida saudável aprendida durante o programa. E contagiam a mulher, o marido, os filhos, os irmãos, os avós, os tios, os primos e a vizinhança toda.
É só saúde.
Ah, e depois também há lá aquele treinador; o Bob!