E seguem-se os meus segredos:
Melhor cheiro do mundo: os do campo no outono e os croissants da Bénard;
Se dinheiro não fosse problema: doava em causas humanitárias de apoio aos animais e à pobreza como esta do americano Greg Carr, no Parque da Gorongosa, e de apoio às mulheres subjugadas como esta, da Solar Cooking;
Caso de infância: nunca mais esqueci o dia em que pisei um caracol e ainda hoje, mal começa o tempo húmido, eu ando de olhos fixos na calçada aos saltinhos para me desviar deles e não interferir com as suas lentas passeatas. Se tiver oportunidade, vou-os apanhando pelo caminho e atiro-os para a relva, para mais ninguém os matar;
Habilidade como dona de casa: eu sou uma autêntica fada do lar, ah pois é, aqui ninguém me apanha em falta;
Não gosto de fazer em casa: limpar o pó;
Frase: o dia de amanhã ninguém o viu;
Passeio para o corpo: enveredar por caminhos inesperados, a meio de percursos previamente definidos. No fundo, a surpresa da descoberta inusitada;
Passeio para a alma: esplanar e fazer como a Luísa: subir e descer o meu/nosso Chiado;
Irrita-me: pessoas que não se desviam do caminho e se movem sempre a direito e aos encontrões nos outros e pessoas alucinadas, que andam a correr pelo supermercado e agarram no primeiro carrinho de compras que lhes aparece pela frente (geralmente o meu, descansado a um canto), fugindo com ele para a caixa, sem sequer olharem para confirmarem se aquelas são ou não as suas compras;
Frase ou palavra muito usada: no verão - Uma caipirinha, com açúcar amarelo, por favor, ou, Tem sangria?
Palavrão mais usado: Gaita e bolas.
Desço do salto, subo o morro e rodo a baiana: quando guio e deparo com a selvajaria da classe condutora;
Perfume: sou muito fiel aos mesmos há muitos anos e raramente vario, deve ser das poucas coisas em que não gosto nada de mudanças. No verão, Ô de Lâncome e no inverno, Pamplelune de Guerlain e Gucci II;
Elogio favorito: fico sempre muito pouco à vontade com eles, da mesma forma que também fico pouco à vontade com pessoas que fazem o inverso, isto é, que provocam os elogios, que se fazem a eles descaradamente, fingindo modéstia;
Talento oculto: eu sei cantar (sem modéstia nenhuma)!
Nem que fosse a última moda eu não usaria nunca: roupa transparente;
Queria ter nascido sabendo: falar todas as línguas.
E passo este questionário à minha querida e muito antiga vizinha, Blue Velvet, que julgo saber gosta muito de desafios e está a precisar de se distrair e alegrar um pouco. E ao também meu querido e antigo vizinho Paulofski, que anda a precisar de um empurrãozito nas letras.
Preguiças veraneias, é o que é!
E a música é para a Pitanga e para a Luísa, num dia especial.