sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

não me consumo

E está aberta, a mais atarefada época do ano para este senhor. E para mim.
Pessoalmente, adoro esta confusão de sacos, presentes, embrulhos, fitas, etiquetas, músicas de natal, ruas engalanadas e abrilhantadas, doces, frutos secos, perús e bacalhaus, família e amigos.
Enfeitei o pinheiro de Natal desde o fim de Novembro, há já muitos presentes à sua roda, pois felizmente, tenho imensa gente a quem oferecer e lamento desiludir, mas sem qualquer sentimento de culpa.

Chega agora o feriado do dia 8, dia de Nossa Senhora da Conceição, que é para mim e de novo sem pudor, o meu dia favorito de compras em Dezembro e só espero que não chova, pois o Chiado é todo meu, mais as ruas e praças que o rodeiam e mesmo que venha de lá sem um único embrulho nas mãos, vale sempre a pena. Só circular por ali, me carrega de energia positiva.

Não há melhor do que descer e subir enluvada, encachecolada e sobretudoada, a rua Garrett ao fim da tarde com frio, barulho, famílias e croissants quentes da Bénard!
Sou consumista assumida nesta época e não tenho problemas nenhuns com isso, pois todo o ano distribuo afectos, ofereço atenção e cuidado, doo muito do que tenho, espalho amizade, inquieto-me com os outros, olho sempre para o lado e tenho um carrego de defeitos para corrigir e apiedar-me deles nos outros onze meses do ano.

Deixo-vos para o fim-de-semana, segredos doces lá no meu forno, cozinhados por renas, reis magos e ho-ho-hos, todos mestres cozinheiros.



fotos dos blogs blue cup cake e bakerella

27 comentários:

Anónimo disse...

Isto está a ficar bom, está, está. Ainda agora marchou um chocolate quente na Velvet e já tenho que me amanhar aqui com estes. Podem crer que não digo não. Ponham-se na fila!

SONY disse...

Patti,
ainda bem que és assim, o que importa é que te sintas bem!

Pois cá em casa há disso tudo todo o ano. Não há iguarias especiais de Natal.

Também detesto as confusões nas lojas na época de Natal. A lista desta época não deixa de ser maior que a dos outros meses.
Também me incomoda muito mais ainda nesta época fria, tanto de temperatura, como de muito calor humano, aquecido de consumo.
Cada dia tenho uma vida financeira mais estável, e cada dia ofereço menos nesta época!

Natal é mesmo todo o ano.
Feliz Natal Patti, hoje!!!

Jito,
Sony

BlueVelvet disse...

HO HO HO
Pois então estamos quites.
Assino em baixo tudo o que dizes, só com umas diferençazinhas:
1ª O dia 8 de Dezembro começa com a ida com a minha mãe à missa à igreja de S. Nicolau.
É uma tradição desde os meus tempos de menina, quando o Dia da Mãe ainda era a 8 de Dezembro. O coro é maravilhoso.
Depois, ala para a Bénard. Antigamente era a Ferrari, mas desde o incêndio tivemos que mudar para a Bénard. Menos mal. Não tem o requinte da Ferrari nem os maravilhosos batidos de morango com chantilly em cima:(
Portanto, 2º feira se eu gritar Pattiiii e tu Blueeeeee pode ser que nos encontremos.
Ah, também tens uma coisa doce só para ti lá na Velvet.

Luísa A. disse...

Toda essa euforia das compras também me contagia muito, Patti. Mesmo que não compre nada, gosto do ritual e adoro o ambiente. Talvez nos cruzemos, na Segunda-Feira, no Chiado… Talvez na Bénard, onde ando há tempos para provar os croquetes, que me dizem que são divinos! ;-D

Gi disse...

Eu gosto do bonito que o Natal tem; mas o que me fascina no Natal são os presépios: principalmente aqueles em tamanho grande e aqueles cheios de mecanismos.
Do que eu não gosto mesmo, e até pode não ser Natal, é do frio.
Adoooooooooro dar presentes, mas fora da época festiva (excepção feita aos aniversários, claro).

Vera disse...

Olá Patti!
Não partilho este teu espírito natalício, sinceramente. O consumo aborrece-me e cada vez mais o Natal se torna uma época de consumo por obrigação. Eu sou daquelas pessoas que gosta de dar presentes, sinceramente, mas quando me apetece. Quando vou a uma livraria e ao tocar os livros sei que "aquele" iria tocar directamente "aquele/a" amigo/a leitor/a. Quando passo numa loja de utilidades e sei que a Belita iria adorar aquela forma de bolo,...percebes? Tenho pena de não viver mais intensamente esta época do ano, mas isso só aconteceria se tivesse Fé e festejasse o nascimento de Jesus. O consumo não me agrada :-(

Patti disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
ematejoca disse...

Olá Patti!
As suas palavras sao música nos meus ouvidos.
A mim fascina-me tudo no Natal. Desde os lindíssimos presépios nas igrejas, principalmente nas de Colónia até beber "Glühwein ou Eierpunsch" (nao sei como se chama em portugues) nos mercados do Natal.

Saudacoes de um Düsseldorf gélido, mas festivo!

Patti disse...

Vera:
Eu é fico com pena que vivas esta época do ano com esse espírito.
E neste post não falo só de presentes. Falo também de alegria, movimentação, luzes, música, convivência, família, enfim muito boa disposição, porque das agruras da vida e de lamentações estou eu cansada de ouvir neste povo pessimista e desolador.
E se tiver problemas, preocupo-me com eles e resolvo-os no resto do ano. Agora, ser Velho do Restelo nesta época, não obrigada, não é para mim.
Mas cada um é que sabe de si.

Teresa Durães disse...

eu cá detesto compras e azáfamas. um sacrifício para comprar prendas

Anónimo disse...

Patti,come 1 croissant quentinho por mim! Tenho saudades desse ambiente na baixa de Lisboa...
Vou aproveitar os poucos dias que estarei por aí no Natal.
bjos

Si disse...

Já disse noutro blog que o Natal tem vindo a desmonstrar-se cada vez mais mágico para mim e para a minha família, onde, cada vez mais, gozamos a companhia uns dos outros, com ou sem presentes, que também adoro dar, mas que com esta conjuntura (ó pra mim a utilizar palavras caras!!!...) não se consegue lá muito bem cumprir o gosto.
Enfeitar a casa, o pinheiro, o presépio, ver luzes a piscar no escuro da sala, enrolada numa manta, ou atarefada a passarinhar entre a sala e a cozinha, para ir buscar mais um prato de rabanadas, ou de creme queimado, feito à moda da sogra, são actividades que me aquecem o coração, me dão um gozo muito particular, numa casa cheia, onde se espalham pela mesa, pelo sofá, pelas cadeiras extra e até pelo chão, em cima das carpetes, aqueles de quem eu tanto gosto, e que tanto gostam de mim. Se o faço também noutras alturas?? É claro que sim, todas as oportunidades são poucas, mas não me venham com coisas: Natal é Natal e a gente fica assim, apenas porque sim.

BlueVelvet disse...

Patti,
desculpa vir meter o bedelho, mas estou contigo e não abro, e olha que boas razões tenho para não pensar assim: este mês não choro. Está decidido.
Porque as luzes, o cheiro, a confusão: YES!
Si,
eu também. Gosto, porque sim.
Beijinhos para as duas.

Anónimo disse...

O 8 de Dezembro continua a funcionar, para mim , como Dia da Mãe, mas também é um dia em que arrisco dar um saltinho às compras.
PS: adorei o Pai Natal e apreciei muitoa a cor da Vespa! Nem o Pai Natal resiste ao azul!!! (ahahah)

A. Jorge disse...

Não encontro motivo algum para que tivesses pudor em dizer aquilo que gostas de fazer nesta época, e muito menos não deves pensar que desludiste alguém. Afinal não somos todos consumistas?
Sorte ainda teres aí o Chiado que (honra vos seja feita) conseguiram salvá-lo muito bem. Nós aqui práticamente já não temos baixa nem comércio tradicional e o pouco que existe vai sobrevivendo aos ataques das grandes superfícies da melhor maneira que pode.
Quanto ao espírito do Natal, cada um sente-o à sua maneira!

Um beijo

Jorge

Precis Almana disse...

Que giro! Antes de vir aqui fui ao meu blogue com a ideia de fazer um post precisamente sobre o Natal, passsear no Chiado (estou, neste momento, a trabalhar na r. do alecrim e vim da minha hora do almoço há bocado, onde senti essa confusão alegre que de que falas), e parece que li os teus pensamentos :-p

Concordo totalmente contigo.

E quem diz que esta é uma época de consumo obrigatório, e que o Natal devia ser todos os dias e tal, não deixa de ter razão quanto ao facto de algumas pessoas parecerem que só pensam nas outras nesta altura (dar só prendas não é pensar nos outros com p maiúsculo, mas até compreendo o que querem dizer), mas... "consumo obrigatório"? Alguém anda de pistola apontada aos outros? Quem não quer consumir, não consome. Quem não tem dinheiro, não o gaste. Não venham é dizer que o Natal é só consumo, porque é muito mais do que isso. E eu adoro-o todo (menos os fritos :-p)!

E o "não dou prendas porque não tenho dinheiro"? Isso dava um post. Se calhar, irá dar :-) Acho que se pode sempre fazer qualquer coisa e oferecer qualquer coisa, é só preciso entrar no espírito, gostar, e aproveitar a época que tão bem retrataste.

Beijinhos e desculpa este comentário tão longo [inserir sorriso envergonhado]

Ka disse...

Ai que espírito natalício por aqui anda!!!


Eu este anos vou fabricar mais presentes do qe propriamente comprar :)

Gosto muito da época de natal embora não goste da confusão das compras. Gosto de dar presentes, de ver a cara das pessoas a abri-los mas preferia poder comprá-los sem confusão. E estarás a perguntar-te porque não o vou fazendo ao longo do ano. É muito simples: compro o presente e fico logo com vontade de o dar!
Das vezes que comprei presentes antecipadamente tive de voltar a comprar pois entreguei-os antes do dia e depois tive pena de não ter nada para dar no natal :P

Beijinhos

ps - este não foi a despachar...lol

Cerejinha disse...

São estes os bolos requentados de que a Si fala? Requentados não sei. Bonitos lá eles são...mas para os comer teria de tirar toda a cobertura.
Requentados ou não são bom alimento para os olhos :-D

paulofski disse...

É o velhote a chegar e eu a pirar-me! Vou para fora gozar o presente que dei a mim mesmo.

Bom fim-de-semana, consumismo moderado e sem consumações.

Beijos

Vera disse...

Patti, não estou com mau espírito! Nem de mau humor! Nem contra a tua alegria natalícia! O Natal na nossa Família é uma festa extraordinária, porque somos muitos, porque nos juntamos à mesa a 24 e a 25, porque jantamos à luz das velas a 25, porque nos rimos muito, porque nos divertimos imenso, porque nos enchemos de mimos e atenções. Não, não é um sacrifício para mim!

Patti disse...

Vera:
"Não partilho do teu espírito natalício" e "Tenho pena de não viver mais intensamente esta época do ano", foram frases tuas e que tu aqui comentaste.

Eu apenas disse que tinha pena que vivesses esta época do ano com esse espírito.
Não leio entrelinhas e nem faço questão de o fazer.
Foi o que escreveste, ou não foi?

E depois se não gostas de época e do seu consumismo? Qual é o problema? Cada um gosta do que quiser e é livre de o fazer e a mais não é obrigado.
Hoauve mais gente que se insurgiu contra isso mesmo.

Agora, eu é que não falei em MAU espírito, nem em MAU humor de certeza absoluta!
Não gosto que me ponham palavras na boca. Não gosto mesmo!

Aliás e mais uma vez as minhas palavras foram a falar de mim e não de ti.

1/4 de Fada disse...

Gostei muito do teu post Patti - ele ilustra o que foi o Natal durante quase toda a minha vida. Depois houve uma sucessão de acontecimentos imensamente infelizes que conseguiram retirar-me a alegria de o viver como antes, mas continuo a gostar da época, apenas deixei de ser esfusiante como era. Continuo a ter imenso prazer em escolher presentes para as pessoas de quem gosto, mas quem trata da árvore de Natal e enfeita a casa é a minha filha, eu deixei de ter o enorme contentamento que tinha, embora continue a gostar de olhar para as luzes como gostava antes. Acontece que o Natal está ligado a recordações muito amargas... No entanto, como sou uma pessoa positiva, acredito que o tempo faça passar estes sentimentos.
O que condeno são as inúmeras conversas de pessoas mal-humoradas a queixarem-se das prendas de obrigação que têm de dar, do dinheirão que gastam, da trabalheira que é terem de juntar a família e aturarem-se uns aos outros, de ficarem com tudo desarrumado... É a antítese do espírito de Natal, e dos Natais que eu adorei e a que me habituei.
O que tu aqui descreves é a minha saudade!

Anónimo disse...

Adoro o Natal e aqueles enfeites "pirosos" que muita gente põe nas varandas, nas portas nos jardins, etc.
Gosto mais de dar presentes do que de receber, mas isso faço todo o ano, quando posso e me apetece.
Gosto das couves e do bacalhau, das filhós e do bolo rei, das azevias e das rabanadas, do cabrito e do perú, do Pai Natal, das músicas, da família, da árvore de Natal, da baixa de Lisboa onde faço as minhas compras.
Detesto os centros comerciais e os quilos que ganho nesta época.

Paulo Cunha Porto disse...

Parece-me ter detectado uma gralha em comentários anteriores, os bolos são requintados e saiu "requentados".
A Fé é o Essencial em perda, decerto. Mas, contrariamente a épocas de alegria condicionada com simples impulso de gozo, aniversários, passagens de no e outros carnavais, sinto nas pessoas um genuíno esforço de serem um pouco menos más, o que redime as dúrias do consumo, há que se revela um estado de espírito com sumo.
Beijinho, Querida Patti. O Pinguim embarretado está o máximo

Borboleta disse...

Claro que não faço as coisas como tu, mas também adoro esta época!

A "busca" dos presentes, as ideias, as decorações, as luzes, as caras das crianças a verem as luzes e as decorações de natal, a sonharem com a noite em que o Pai Natal chega com as prendas...enfim...uma magia única!

mariam [Maria Martins] disse...

Patti,

excelentes ideias! (todas) ... o pior é a falta de tempo! por isso para os embrulhos tenho a minha técnica, simples e muito criativa, papéis lisos, de preferência grosseiros, ou papel crepe para as crianças, fitas de ráfia ou de linha grosseira (pode ser daquela tipo sapateiro), missangas, de madeira e botões para enfeitar as fitas dando nózinhos entre as mesmas... fica sempre giríssimo!

um sorriso :)

Susana disse...

confesso que o que mais gosto do natal é passear, à noite, pelas ruas, ver as luzes e ouvir as músicas de natal. enquanto isso, paro numa barraquinha no centro de Braga e fico a admirar o artesanato e os sabores que estão à distância de dois euros...