quarta-feira, 11 de março de 2009

percepções II

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Tem sido nas dúvidas e nas hesitações, no inusitado de inesperadas circunstâncias e até no receio de cometer um equívoco, que dou por bem empregue o tempo em que venho fazendo companhia a mim mesma.
Sigo, questionando-me em diversas ocasiões e nem sempre me consigo responder, mas cada vez menos me engano a mim própria.
E a moral da história nem sequer pretende ser muito sabedora ou pretensiosa, simplesmente sei que comigo estou segura.

28 comentários:

BlueVelvet disse...

Depois do "conhece-te a ti próprio" vem a conclusão: contigo estás segura.
Nada mais sapiente.
No entanto, de alguém que já apanhou de quem pensava conhecer bem, atrevo-me a dizer-te que apesar de tudo ainda vale a pena acreditar em alguns.
E sentires-te segura.
Beijinhos

Anónimo disse...

E não deixa de ser verdade que mais vale só que mal acompanhado.

Fernando K. Montenegro disse...

Porque depender apenas de nós, é aceder ao infinito. Cuidar de nós é já por si só, revogar o equivoco.

Su. disse...

Ok, já estás melhor que eu! Que descobri que aos 35 sei menos ainda, tenho cada vez menos certezas, e pronto sei lá...

Olha, beijo!

Anónimo disse...

E haverá melhor coisa no mundo que é estarmos bem connosco próprios?

Gi disse...

Oh melheri tu arranja-te um conflito, só para contrastar, sim?

Lucia Luz disse...

Patti
Coisa boa é sentir-se bem acompanhada quando se está só.

nocas verde disse...

Comigo estou segura, Patti? apontei esse elogio ao meu eu para o dizer logo... no meu encontro diário comigo :)

Patti disse...

Nocas:
Olá e bem vinda ao Ares. Faça isso, é sp bom ouvirmo-nos coisas boas.

Teresa Durães disse...

gosto também de estar comigo mas confsso que nem sempre me sinto segura

Anónimo disse...

O problema é que, por vezes, entramos em conflito connosco e depois é uma maçada! Mas estou totalmente de acordo com o princípio que também sigo.

f@ disse...

Só e tão bem acompanhada…
Tb me sinto plena nesse ambiente acolhedor…
Gosto de sapatos ás bolinhas e basta-me ás vezes a luz da vela…

Beijinhos

fugidia disse...

Mas Patti,
gostanto tanto de a ler, como gosto, concordando em parte com este post, pergunto, também rodeada de dúvidas e hesitações: não será isso (sei que comigo estou segura) a concusão óbvia de quem não arrisca, de quem prefere a solidão a sofrer?
E isso é viver?

Desta vez não concordo consigo (e digo-o sabendo muito bem o que é sofrer).
Um beijinho :-)

Patti disse...

Fugi:
Solidão? Recusa ao sofrimento? Foi mesmo isso que depreendeu deste post?

Penso que houve algum mal entendido naquilo que eu disse.
Não foi nunca minha intenção ao escrever estas linhas, pensar sequer na solidão.
A solidão nada tem a ver comigo ou como a minha forma de estar ou ser.

O 'comigo' que refiro não é sinónimo de Só e sim de 'reconhecer-me'. Não me esqueço de mim, valorizo-me, invisto-me, perco tempo comigo, não me anulo.

E o não arriscar então, será o meu oposto! Sou naturalmente optimista e até audaciosa e nada dada abatimentos emocionais.

Quando afirmo que 'comigo estou segura', quero tão simplesmente dizer que me conheço muito bem, que sempre investi em mim, que o continuo a fazer e que perante todas as adversidades, interrogações ou dúvidas, pelo menos comigo própria, quase poderia garantir que não me desiludirei.

Eu sou a minha melhor amiga e cultivo-o diariamente, apesar de viver intensamente para a minha família e para muitos amigos que felizmente possuo.

Acho que me fiz entender e talvez agora a sua pergunta: "E isso é viver?", não faça qualquer sentido para mim, querida Fuji.

É engraçado que escrevemos com um sentido e objectivo, pensando que estamos a ser absolutamente claros, sem espaço a equívocos e esquecemo-nos sempre que do outro lado estão outras vivências, outras sensibilidades, outras interpretações.

mjf disse...

Olá!
Eu acho que ainda tenho muita coisa para ser descoberto em mim ;=)
Sou ma caixinha de surpresas ...
Gosto de me sentir assim ;=)


Beijocas

maria inês disse...

Calma, equilibrada e ponderada!

JC disse...

Nada mais verdadeiro do que a forma como termina o seu texto "simplesmente sei que comigo estou segura".

paulofski disse...

Leio nessas linhas um pouco de amor próprio, um pouco de vaidade, na medida certa. Dedicar-nos um tempo é importante.

Muitas vezes gosto de o ser, um pouco soltário na companhia dos meus pequenos prazeres.

Anónimo disse...

Estás em " boa companhia ", de ti mesma!

bjos

fugidia disse...

Querida Patti,
reli o seu post e acho que dele se depreende claramente o que me respondeu: termos tempo para nós próprios, mimarmo-nos, valorizarmo-nos.
Foi, aliás, nessa parte que concordei consigo.
E concordo sem dúvidas :-)

A interpretação que fiz da frase final, que não coincide com a sua intenção, resultou provavelmente da conjugação com a leitura dos outros comentários, onde se fez a alusão à solidão ou a estar melhor só que mal acompanhado (frase com a qual não discordo, aliás - risos).

E é assim mesmo, a interpretação do que lemos, do que vemos, é sempre o resultado da nossa subjectividade.
Não é por acaso que o filme "O Clube dos Poetas Mortos" é um dos meus preferidos. Não esqueço a cena em que o professor pede aos alunos para se colocarem em pé, em cima das secretárias. Para poderem concluir que a mesma sala parece diferente, conforme a perspectiva...
:-)

Patti disse...

Fugi:
Sim, também reparei de algumas associações à solidão.

Muitas vezes também acontece o contrário; comentamos de uma determinada forma e entendem-nos de outra.

Filme e cena inesquecíveis!
Beijinhos e gostei de a ver de novo por aqui. :)

1/4 de Fada disse...

Tenho andado fugida, Patti, ultimamente o trabalho tem apertado, mas venho ler os teus escritos apesar de não comentar. Neste caso sou como tu, também gosto muito da minha própria companhia.

Si disse...

Tenho que ser sincera.
Tenho inveja desse tempo, de conseguir ter momentos comigo mesma, de sentir aquela liberdade que os sagitarianos tanto prezam.
E na sequência dessa necessidade de pausa, é que me saiu o post de amanhã, agendado desde...um dia destes....;)

Bacouca disse...

Patti
Pelos vistos também existe por essas "bandas" triângulos bicudos":)
Se não nos sentimos seguras conosco mesmas poderemos senti-lo em relação aos outros?
Beijo

ana v. disse...

Sábia reflexão, Patti, não posso estar mais de acordo. Se não estivermos bem connosco nunca estaremos bem com os outros...

É sempre tão bom ler-te!
beijo

CPrice disse...

eu ..como o meu melhor porto de abrigo ;) conhecendo-lhe os cantos e abrindo-lhe a porta.
Tal como já lhe disse Patti honesta e profunda reflexão esta.
Gostei do debate por aqui e por lá ;)

Pitanga Doce disse...

Esta segurança de que falas, querida Patti, vem com o auto conhecimento que os anos nos dão. Nem precisamos viver as situações. Aprendemos a nos conhecer e a reconhecer muitas vezes. E isto é muito bom! Mas isto chega mais na fase dos "enta" e ainda não chegaste lá. És precoce ó rapariga!

Laura Ferreira disse...

Entendo-te... descobri já nos trinta e tais que nós somos a nossa melhor companhia. Ainda bem que é assim.
Eu cá gosto imenso de te ler.