Este sábado fomos maridar para a esplanada preferida.
Também por lá paravam o sol obra-prima, aquele sol branco-inverno, picante e fundo, acalentador da nossa pele, nutriente; as ondas-mulher que barafustavam altas e espumosas, desde o fundo do horizonte prata até à praia, onde decidiram estalar o seu sal na areia amarelo-palha; aves marinhas de bico cor-de-laranja e corpo preto, riscado de branco meigo; duas dezenas de apaixonados da água gélida, pontinhos negros, formigas laboriosas, barbatanas de tubarão, que saltavam para o corpo das pranchas, dançando sobre elas sem parar, enquanto houvesse pista para andar.
O mar nunca é tão mar, como quando se funde com o sol do frio-norte.
Também por lá paravam o sol obra-prima, aquele sol branco-inverno, picante e fundo, acalentador da nossa pele, nutriente; as ondas-mulher que barafustavam altas e espumosas, desde o fundo do horizonte prata até à praia, onde decidiram estalar o seu sal na areia amarelo-palha; aves marinhas de bico cor-de-laranja e corpo preto, riscado de branco meigo; duas dezenas de apaixonados da água gélida, pontinhos negros, formigas laboriosas, barbatanas de tubarão, que saltavam para o corpo das pranchas, dançando sobre elas sem parar, enquanto houvesse pista para andar.
O mar nunca é tão mar, como quando se funde com o sol do frio-norte.
15 comentários:
E o meu coração nunca fica tão gigante como quando vejo esse mar, lhe sinto o cheiro, a beleza e a força, e observo os que mais amo em duelos e brincadeiras com ele.
Beijo.
E as palavras nunca são tão palavras, como quando, em textos como estes se tornam óleo sobre tela.
Talvez porque tenhamos sempre o sol em todo o seu esplendor, não é comum irmos ver o mar em tempos de céu cinza. Mas este novembro-dezembro tem sido de muita chuva e não demora nada lá teremos que adotar novos hábitos. Maridar, namorar ou filharar em dias de nuvens e mar rebelde.
Lindo o teu texto, Patti. Transportei-me para as praias do Norte, mais rochosas, onde o vento é constante e a nostalgia também.
o nosso mar é um espanto : ) nunca me cansa
Já não é a primeira vez que me acontece.
Chegar aqui e ficar com a cabeça à roda das imagens que esta adjectivação me provoca. É um verdadeiro 'sopapo' de escrita e no entanto tão simples e delicada...
É preciso coragem para ir maridar com este frio.
Mas se é para depos escreveres um texto assim nem que vás de vison.
Lindo!
Beijinhos
Há mar e dar; há maridar; há olhar para eles com pincéis de designer.
Que delicia maridar num mar assim onde o calor dos sentimentos aquece e a ternura da alma torna doce o momento...
beijos
Maridar, aí está uma excelente definição do pós namorar.
Ui! que bom!
Tenho de fazer o mesmo,só não vou á água Rrrrr! que frio só de pensar já me arrepio toda!
Pode até ser, Patti. Mas cá para mim, nunca é tão mar se lhe faltam as ondas, funda-se com o sol do frio-norte, ou não. :)
(E aquele desgraçado da foto, que devia estar no mar, anda à procura delas que com aquele mar deve estar tristonho). ;D
E que mais dizer de tão intensos e quentes momentos, capazes de aquecer um mar assim tão gélido que onduleia em belas palavras e nos fazem dançar os olhos!
Abri a ilha às visitas
Às vezes gosto de esplanar em dias cinzentos mas, com este frio, nem pensar, fico a ver através da vidraça. Gosto particularmente desse momento que tão bem descreve no último parágrafo.
Pois não posso estar mais de acordo consigo, Patti. Nunca se está tão bem numa esplanada junto ao mar como sob um Sol de Inverno, sentindo toda a força da natureza nas ondas bravias, no ar frio e seco e na chávena do chocolate quente. ;-D
É bom maridar com um sol destes! :-))
Abraço
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