Uma amiga morreu na praia, disse-me ela noutro dia. Fiquei com pena.
Depois pensei. E tenho andado a pensar. A moer a cabeça com isto da morte dos outros. Que com a minha não quero intimidades. E na praia. Que até nem gosto por aí além.
Ao contrário de outras expressões, inteiras de sensatez, não penso que esta tenha muita virtude.
O que terá assim de tão mau, morrer-se na praia? Não houve tempo para engelhar os pés na areia descalça? A água salgada não chegou a ferrar a pele? Faltou alcançar o barco?
Mas então e a praia?
Afinal ganhou-se a praia.
11 comentários:
A praia é vida, é calor, é sol, é ebulição ... é um Hino à Vida e eu não gosto mesmo nada de morrer na praia; a coisa boa: é que ressuscitamos sempre, quando nela morremos. <3
Acho que a morte calha a quem vem do lado do mar :)
bj
A morte é uma ceifeira tonta e cega que apanha as pessoas onde calha! :-((
Também não me preocupo com a minha...
Abraço
A message in a bottle que não morreu na praia.
:)
Não estaria ela a falar de futebol ou algo parecido? Aí é que a expressão morrer na praia faz todo o sentido. Nunca ouviste falar daquela equipa de futebol que estando a ganhar a um minuto do final "mama" um ou dois golos nos últimos segundos e assim falha o apuramento, morre na praia, que é como quem diz "vai de vela", "foste", "moleste", como diria o chinês.
Eu preferia morrer na praia a morrer no hospital...e se fosse no verão...
À morte não dou confiança, mas qualquer sítio serve para se morrer - e para se nascer!
O começo e o fim deste caminho às vezes tão labiríntico...
Faltou alcançar o barco. Estava fora do alcance...mas ela pensou que não.
Às vezes, quando se morre na praia, já não se pode gozar o fim de semana no resort :-)
Passei pelo blog , tinha saudades .
Ó mulher! Voltaste ou foi alarme falso??
Enviar um comentário