Fui logo levada para a casa do meus avós, onde ela existia dentro de garrafinhas gordas de vidro baço. No verão bebíamos dezenas. E capilés.
Lanches de papo-secos barrados com manteiga e açúcar, talhadas de marmelada, pesadas cafeteiras de café preto, biscoitos de limão fritos em azeite quente, cavacas e ferraduras de erva doce, colares de pinhões, pevides e figos maduros trepados às árvores.
E avós.
6 comentários:
digamos que não escreves mal.
(gostei, como sempre.)
"É tão bom ser pequenino
ter pai, ter mãe, ter avós..."
Ter primos, fazer férias em casa dos avós que nos enchiam de mimos e de guloseimas depois de tardes inteiras na brincadeira! :-))
O que tu me foste lembrar, Patti!
Em casa dos meus avós maternos não havia laranjada mas havia leite acabado de ser mungido das vacas, muito mel, torradas com azeite e açúcar, gemadas, marmelada...
Sou doutra geração e de origem rural! :-))
Abraço
Pronto já fiquei com azia, é laranja para aqui laranja para acolá, laranja nas finanças, laranja no meu bolso, lá se foi o 13º e o 14º que mercê de um lapso laranja já vai para além de 2013 e vens agora tu com a laranjada. Os teus avós é que sabiam da poda, mantinham-na fechada em garrafinhas gordas de vidro baço donde nunca devia ter saído. Tiraram-lhes a tampa, nem foi preciso esfregar, saiu de lá não um génio mas um monstro que passa a vida a rir-se na minha cara.
Põe-lhe a rolha Patti, põe-lhe a rolha, se a sede for muita tens como alternativa o pirolito, em Guimarães ainda o vendem.
Embora ande bastante avesso a essa palavra, gostei desta deambulação pelo passado. E do link para aquele senhor, claro. Mas isso já a Patti sabia, não é verdade?
Muito bacana esse "poder" de uma palavra...
Um beijinho
Lucia
Ah, o manancial de vivências, de cheiros e sabores que é sempre a casa dos avós...
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