Mostrar mensagens com a etiqueta só meu-galinha vudu. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta só meu-galinha vudu. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

cozinha vudu


Tralará, tralará, tralará, lá ia eu mais animada neste domingo, pois a minha cara já não se assemelhava tanto a um Basset Hound, quando tiro a galinha da embalagem para fazer um almoço simples-simples, como aquele do franguinho ‘à maricas’ que a Ka, tanto se chocou com o nome de baptismo.

Quando me atiro ao bicho, não é que das profundezas de uma entranha, que não faço a mais pequena ideia qual foi, me sai de lá um pescoço enorme, mole e frouxo, com a cabeça do falecido agarrada, de olhos arregalados de espanto a olhar para mim, bico aberto prestes a fazer có-có-ró-có-có e crista encarnadinha da silva?

Voou imediatamente das minhas mãos. Não porque também viesse com asas, mas porque do susto o atirei ao ar. E juro que a bicha se mexeu!

Mas quem é que cozinha cabeças de galinha com olhos abertos ou fechados - é indiferente - bicos amarelos, quase com grãos de milho na ponta e cristas empinadas?

Cristas? Oh valha-me Deus, quem é que come cristas?

Eu sei que a nossa gastronomia tem comidas suspeitas, tais como línguas, orelhas, pézinhos e mãozinhas, caras, unhas, túbaros, tripas, pescoços e mais não sei o quê.

Mas cristas, nunca vi!

E desculpe lá, oh senhor que embala os frangos no supermercado, o que é que eu fazia com a cabeça da ave, para ali pendurada? Canjinha de crista com olhos? Bicos de fricassé com molho de crista? Ou olhos salteados, com panadinhos de pescoços?

Com o chilique, mais os ais e os uis, acordei o prédio. Talvez o bairro. Provavelmente o concelho.

‘Ca nojo.