sexta-feira, 20 de junho de 2008

não sou

a cena de amor mais bonita de sempre, aqui, *

Eu nunca escrevo sobre os amores. As paixões. Sobre corações. Não há nada para eu escrever. E até me custa ler. Sobre os amores. Paixões. E corações. Os dos outros. Aquilo não é meu. Não é para mim. Não devia estar a ler. É só de quem escreve. E de quem sabe. Devia ser. Dos amores escritos dos outros, nunca sei o que dizer. O que falar. O que pensar.

Não sei. Só sei do meu. E desse não falo. Não escrevo e não leio. Não consigo. Não preciso.

Mas também penso que não quero.



* talvez não entenda, esta última cena do filme Cinema Paradiso, quem não o viu. Fica a sugestão para o fim-de-semana. O filme da minha vida.

35 comentários:

Coragem disse...

Não quero acreditar que vais deixar de ler o meu blog :(

Aceito, claro a tua opinião, não só aceito como a respeito.

Cada qual fala e escreve sobre o que entender e lê somente o que lhe vai dando prazer, mas patti, tu que gostas tanto de ler...Livros.

Não lês romances, histórias de amor, poderão ser ficticias, ou talvez não.

compreendo

Beijinho

mariam [Maria Martins] disse...

fantástico!
esta "cena", do também para mim "um dos filmes da minha vida"

e as suas palavras (é uma sortuda, acredite!)

um sorriso :)

Gi disse...

Ai escreves, escreves!
O teu blogue respira amor, paixões e muito coração!

@ღღ@ disse...

"pour vivre heureux
vivons cachés"

ou

"les couples heureux
n'ont pas d'histoire" ;)

bom fim de semana

Olá!! disse...

Mas sentes e isso é que vale... e acima de tudo transmites a quem amas, por gestos e atitudes...
:)))

Estou à espera da lista, tá??? :)

Vou ver a cena mailinda:)

Su. disse...

Acho que te entendo, qd n o escreves... entendo-te porque acontece o mesmo comigo, não gosto de escrever sobre o amor, a paixão o coração, o meu coração…. ás vezes até passo perto do assunto, mas tão superficialmente que acabo por escrever sobre nada na realidade, apenas penso nele, para comigo para com os meus botões... sobre os outros ouço, ouço-lhes os amores, as paixões os corações, ..., ao contrario de ti, raramente fico calada, contudo, falo praticamente nada, porque não há nada para dizer, apesar que digo tudo… nop, já estava tudo dito, sou, serei uma eterna aprendiz, sim é isso, há definições que temos que ser nós a desvendar, a armar e a desarmar, a entender, a viver... dai gostei do filme, fazemos parte de um grande banquete dos deuses, o amor não nasceu para ser falado, ou escrito, ou poetizado, ou comparado, o amor nasceu para ser vivido, e eu não sou de ser espectadora, gosto mesmo é de entrar em cena.

Contudo sempre que alguém pena sobre assunto, há uma frase de que me lembro sempre, (detestavel por sinal), "O amor é fodido", mal eu sabia que o cretino tinha razão! Ando a ver se lhe dou uma resposta a altura, já estive mais longe. Mas também, não me apetece ainda, não preciso!

f@ disse...

Olá,Patti eu escrevo às vezes sobre o amor mas depois acho as palavras pequenas, e acho-me tb pequena por nã saber dizer melhor...
Mas sempre mto bonito o que tu escreves...mto mesmo...
Vamos para a praia desenhar corações na areia... bom fim semana
beijinhos das nuvens

Patti disse...

Coragem:
Alguma vez eu ia deixar de ler os teus pensamentos sobre o amor? Ainda ontem te disse que tens essa faculdade de os descrever como eu não sou capaz.
Este tema fragiliza-me.
Eu tinha este texto escrito há já alguns dias e ontem ao falar contigo, achei que seria uma boa altura para o editar. Porque no fundo não deixa de ser falar do Amor sem falar dele. Contradições.

Quando eu digo que o que os outros escrevem sobre o amor, não é para mim, quero dizer que me sinto como se estivesse a espiar, a intrometer-me numa intimidade que não me pertence. Nunca sei muito como me pronunciar, porque são sentimentos muito pessoais, aos quais é muito difícil para mim dizer alguma coisa. Este post é sobre mim, mais ninguém. Entendes?

Deve ser dos únicos temas que EU, não consigo transpor para o papel; não sai, não consigo, não sei como dizer e como fazer. Então não falo porque não quero, não fica bem feito, não sou Eu. E eu só escrevo de assuntos que me sinto Eu. Assim como tu, que quando escreves, e tão bem como ontem, estás lá tu, todinha! E assim, acho eu, é que deve ser. E neste tema do Amor tu sabes como fazê-lo, eu não, nem por sombras, então não faço.

Sempre que leio um livro sobre Amor, olha como aquele que te aconselhei, que é lindo, ou um poema, como dos poetas românticos, os meus preferidos, ou um desabado sobre o Amor, como os teus e de outras pessoas, tenho sempre de ler devagar e tornar a reler e pensar com calma.
Porque eu não consigo, mas gosto e muito.
Olha coisas de opostos.

Continua e escrever sempre os teus amores, para eu chegar lá e demorar-me a ler e ficar sem palavras.
Para mim é um desafio.
Nessas altura até te posso comentar curto, mas comento sempre com franqueza, com verdade e com lealdade, porque é essa a minha postura na vida, e penso que se nota.

Grande beijinho para ti.

Anónimo disse...

Patti:
Assino por baixo o comentário da Gi.
Nunca leu "O Velho que lia Romances de Amor" do Luís Sepúlveda? Garanto-lhe que vai gostar.
Mas concordo consigo quando diz que fica sem saber o que dizer quando lê coisas sobre o amor dos outros. A mim acontece-me o mesmo

Patti disse...

Mariam:
Este filme e esta última cena, mostra tudo aquilo que eu penso sobre o Amor, mas que nunca vou conseguir escrever e então prefiro estar quieta.

Gi:
Ai rapariga, lá estás tu a fazer-me corar. Corar é aquilo que as pessoas ficam com a cara cor-de-rosa, não é?
Ah, então não estou! Bjs. :):):)

@nn@:
Oh filha, tu traduz-me, que eu é só mesmo castelhano e inglês. E a Beatriz só chega mais logo e eu queria saber agora o que escreveste, que deve ser lindo, aliás como sempre.

Olá:
Vês como percebeste. Sinto, mas não sai e depois fico sem saber o que dizer. Com o meu e com o dos outros. Mas não quer dizer nunca que não gosto. Quem é que não gosta? Bjs, linda.

Su:
Ah rapariga dos testamentos como eu gosto!
É como dizes: aprendizes e definições que eu não consigo desvendar e muitas vezes interpretar. Eu também não tenho resposta para o cretino, mas ele sabi do que escrevia, ai isso sabia! Eu é que não.
Bjs para o Sul.

F@:
Tal e qual: as minhas palavras, nesse tema são sempre pequenas. Olha 1ª menina lá de cima é que as consegue fazer grandes. Até fico sem palavras, eu uma faladora compulsiva.
Desenho é contigo, outra coisa que sou uma nulidade: desenhar. Até te rias de mim :):):):)

Coragem disse...

É engraçado, sem ter graça nenhuma, mas ainda ontem e após os nossos comentários, falava eu aqui por estes lados, com o "patrão".

Pensa exactamente igual, fica mesmo sem jeito quando me lê, depois quer, ele quer corresponder, mas patti sai uma asneira atras da outra :)))))

Fazemos assim, quando eu postar sobre o tal do amor, não comentes, e eu percebo lindamente, ok?

(pior é que quase todo o blog, fala desse assunto, amor disto e daquilo, :)

alfabeta disse...

Um bocado secante o filme que o sr estava a ver!

Bjs

Patti disse...

Carlos:
Ainda no outro dia , estive com o livro na mão. Agora é que o vou comprar mesmo.

Coragem:
Ahahahahah, isso é que era bom! Eu agora deixar de comentar os teus poemas de Amor! É como tu dizes, isso seria impossível, pois o Amor é O TEMA do teu blog. E eu quando lá entrei já o sabia. Não te livras de mim, ahahahahahah.

Alfabeta:
Como é que eu te hei-de dizer isto:
O senhor não estava a ver nenhum filme. Aquela é a cena final de um dos melhores filmes de sempre.
Só a entende quem conhece o filme, aliás como eu pus no asterisco, no final do meu post.
O Cinema Paradiso é um dos ícones do cinema, assim como música do fantástico Ennio Morricone.
E, se calhar, falha minha, achei que toda agente já o conhecia, visto ser um filme tão premiado.
Mas, se quiseres conhecê-lo, sempre podes alugar o dvd para saberes o que o senhor estava a ver.
Olha que vale a pena.

De dentro pra fora disse...

Pois não somos todos iguais :)) e ainda bem...
mas sabes eu já consigo entender-te, e tudo porque cá em casa tenho alguém assim(imagina quem..)
a principio fazia-me muita falta ouvir certas palavras...agora nem tanto, quando as quero ouvir, basta-me escutar a voz dos seus olhos...
Aprendi a ouvir de forma diferente, o que ele não consegue por em palavras.



PS: esta cena é lindissima, e sim, já vi o filme varias vezes...mas olha que até tu consegues transmitir amor em tudo que escreves, não desta forma esplicita, mas o amor está lá..senão não sairia tudo tão bem.

beijinho , bom fim de semana

paulofski disse...

Ai como ela está hoje (risos)

O Cinema Paradiso é um dos filmes da minha vida e a cena final é a única que me alguma vez me fez verter lágrimas numa sala de cinema. Que me lembre!

Há tempos fiz este post sobre ele.

Quanto ao amor tens razão. Nós é que gostamos de exibir as nossas riquezas. Somos uns gabarolas.

Beijos

LeniB disse...

Sabes que o Cinema Paraíso é um dos filmes da minha vida...o único filme da minha vida no que se reporta ao amor. Tal como tu, sinto dificuldade em deixar transparecer publicamente o que sinto, muitas das vezes as ideias ficam suspensas, não fluem.
Regressando ao filme, sempre que o vejo farto-me de chorar, principalmente na última cena: aquela que é tudo menos secante, pois é nessa que mais choro, porque é nessa que os beijos roubados aos filmes se tornam nos ícones do amor.
bjs para ti...ó gaja!!

Rocket disse...

tantos beijinhos!

Miriam disse...

Meu Deussss(isso é um suspiro)....
Que filme....
Que música...
realmente é o filme da vida de muitas pessoas...maravilhoso
Tenho o dvd em casa (tinha que ter) vou rever....assistir essa cena novamente, me fez ter vontade de ver tudinhooooo de novo...

Obrigada pela sugestão...como sempre...tudo perfeito...

Bjuss de carinho e feliz final de semana

Pitanga Doce disse...

Tu não consegues escrever sobre o amor, enquanto eu, devo até aborrecer.

beijos, Patti

@ღღ@ disse...

ai patti eu hoje não tou boa ;)
então não é que so vi a foto
e fui logo a correr
à procura da cena
para te por
no meu café sem conserto ?

olha agora fica la
hahaha
sorry
beijos

maria inês disse...

vi, revi, e voltarei a ver! o amor é "muito de cada um"!

vou ver se não me esqueço do protector! e o Porto, bora lá!

Patti disse...

De dentro:
É por aí. Entendeste-me bem. Quem não fala, não quer dizer que não sinta. Tem outras formas de o demonstrar.

Paulo:
Ai como nós estamos hoje! Ahahahaha.
Eu não chorei só da 1ª vez que vi, eu choro de todas. Mariquices.
Aproveitem bem o fim de semana.

Lena:
Disseste tudo pázinha, gaja.

Rocket:
Só atrevidos!

Mir:
E assim já podes suspirar tudo. É perfeito o filme não é? Obrigada e bjs :):):)

Pitanga:
Tu olha, que eu vou aí à tua terra (ai que maravilha!) e zango-me contigo! Então e quem é que depois me contava dos amores da Rosa? Do dançar agarradinhos? Dos segredos pecaminosos do homem do farol? Quem é que espreitava os namorados nas pressianas das janelas ao anoitecer?
E olha eu quando voltares, eu quero saber dos teus amores todos ou doutos amores quaisquer!
Ai te ti, que não contes mais histórias de amor!
Beijinhoooooooooooossssssssss

@nn@:
Não faz mal e já lá passei. Que grande sala de cinema tu tens. Molhei-te foi os estofos todos com as minhas choraminguices todas.

@ღღ@ disse...

molhaste ?
xiiii
não previ lencinhos de papel ;)

olha fica pa proxima ta ?
vou la por

Pitanga Doce disse...

Não és tu que gostas do Ivan Lins? Tá lá.

beijos

Rocket disse...

ele ostenta a mesma expressão que eu ao ver os beijinhos e ao ouvir a música...

Anónimo disse...

Desta vez escreveste pouquinho, estás cansada?

Nenúfar Cor-de-Rosa disse...

Mas às vezes, só às vezes, sabe bem falar e escrever e sabe bem saber que alguém, só alguém está a ler e a sentir...só às vezes! Bjs e bom fim de semana.

BlueVelvet disse...

Esta não é a minha cena de amor nem o filme da minha vida, mas é o segundo.
Sobre amores sempre gostei de escrever e ler.
Mas comentar, aqui nos blogs tenho dificuldade.
Por isso até fujo de blogs só com esse tema.
Só visito 2 que acho excepcionais.
Porque para falar de amor também é preciso ser-se especial.
beijinhos, veludinhos e bom fim-de-semana

sonia disse...

essa cena é a única, entre todos os filmes que já vi, da qual me lembro em todos os detalhes, da postura das mãos do artista, da música genial do Morriconi e até da sensação de aperto no peito que senti o tempo todo, pra não dizer das lágrimas que derramei e ainda derramo ao ver o filme. Não sei o nome do homem que representou a cena, mas ele é apaixonante pela expressão de total abandono ao momento!

@ღღ@ disse...

onde andas patti
ja bebi tres cafés !!!

Patti disse...

Inês:
Não vou estar cá nesse fim-de-semana. E tenho muita pena de não ir.

Pitanga:
Assim já gosto mais.

Rocket:
... e todos nós....

Miguel:
Achas que foi pouco? Olha eu penso o contrário. A quantidade não se mede pelo nº de palavras escritas, mas pelo o que elas significam.

Girafa:
Só às vezes.

Blue:
Então visitamos o mesmo. Já te tenho visto por lá a elogiá-lo muitas vezes. É realmente especial. E sabe do que fala.

Sonia:
O actor é o Jacques Perrin.

@nn@:
Três cafés? Olha que assim ficas eléctrica. É alguma experiência para poupares energia?

Sunshine disse...

Felizmente não somos todos iguais: uns falam de amor outros não. às vezes não são necessárias palavras, é preciso apenas sentir.
Tenho o livro " O velho que lia romances" e também o recomendo.
Beijinhos

Vera disse...

Patti, quando li este post pela primeira vez, senti-me a enfiar a carapuça e pensei "Bolas, ela deve achar que sou mesmo uma grande pirosa!" Fiquei um bocadito triste. Eu gosto de escrever sobre emoções, já deves ter reparado. Gosto de as fazer sair de cá de dentro e de as passar para o papel, mesmo que seja este papel virtual. E gosto de escritas sobre amor, mas não as lamechas. Gosto do Amor escrito pelo Pedro Paixão, um Amor sempre difícil de viver e de compreender!
Tive que ler o post pela segunda vez para perceber que não era dirigido a ninguém em particular e provavelmente só a ti e à tua dificuldade de fazer sair os sentimentos que são teus. Para ti, só para ti, é hoje o meu Post!
Um beijo enorme!
Vera

Patti disse...

Vera:
Claro que este post que não era para ninguém! E não tens que enfiar carapuça nenhuma. O teu blog e os teus posts, como os de quem visito por prazer, revelam os nossos sentimentos e se esses sentimentos são diferentes dos meus, não os torna menos especiais, antes o contrário. E eu gosto dos meus opostos.
Em relação a paixões e amores, já deves ter lido os meus outros comentários, deve ser dos únicos temas em que não falo, não me sinto à vontade e não gosto mesmo de falar. É só meu. Do resto não tenho qualquer problema em falar, exprimir-me e revelar. Aliás eu escrevo sempre, sempre as minhas emoções. Mas do Amor, na verdadeira acepção da palavra Amor, não.
Assim como me sinto uma intrusa ao estar a ler as intimidades dos outros, sobre os seus Amores e Paixões.
Falas do Pedro Paixão e ainda a Lenib hoje fala dele também: é um homem que me deprime, não me identifico nada com ele, mas o livro que ela falou hoje, até gostei. Mas não é muito a minha onda.
Ah e eu nunca mandei recados ou falei indirectamente de ninguém nos meus posts. E espero nunca o vir a fazer.
Vou já ler esse teu post e fizeste muito bem em dizer-me como te sentiste ao ler este, não há nada como as pessoas se esclarecerem quando têm dúvidas.

Beijinhos e até já.

JOAO MARIA disse...

ainda ha de chegar a pessoa que consiga transmitir em palavras , o que sentiu num amor
o amor é sempre mais intenso , e as palavras nunca conseguem transmitir tudo o que se sente
enfim , tambem prefiro vive lo, que borrar a pintura ao escreve lo