sábado, 24 de novembro de 2012

do que fica


O meu avô dizia que nunca ia morrer porque fazia falta a muita gente. E fez.
Faz.
Continua a olhar por mim, a contar-me histórias antigas antes de jantar, comprar-me bolachas de baunilha e rebuçados santo onofre, a dar-me notas de mil escudos ao domingo, passeios nas vinhas, roubar filhos às figueiras bravas e a ter olhos azuis e cabelo de papel branco.
Os nossos mortos nunca morrem.
Mas deixam estes túmulos dentro de nós.

5 comentários:

Justine disse...

E o nosso cemitério interior continua a aumentar...
Belo como sempre, este teu arranjo de memórias, foto e música!
Tinha saudades:))
Beijo

Pitanga Doce disse...

Não posso comentar porque a minha falta é mais recente. Todos nós pensamos que eles nunca se vão...mas vão.

Beijos. Linda música.

Filoxera disse...

Infelizmente, não pude conhecer nenhum dos meus...
Um abraço.

Uma amiga disse...

Mas,que melhor Homenagem que recorda-los?
beijinhos.
Uma
amiga.

Jaime A. disse...

Os nossos mortos jamais morrem é, curiosamente , são eles quê ficam se alguém sé vai embora.
Somos tão estranhos, tão vivos...