Se eu pudesse de um momento para o outro, tomar uma decisão impossível, queria ficar até muito tarde neste mundo.
Não quero entrar pela via da agonia, mas detesto que a vida tenha limite.
Passagem. Término. Remate. Baliza.
Tantas vidas que queria viver.
Tantas músicas que gostava de ouvir e livros de ler e pessoas para conhecer e sítios para ir.
E emoções para sentir
Resta-me gozar das ofertas que mereci. E que conquistei.
Mas devia-se poder optar.
Até a última luz se apagar.
Ficar por aqui até querer.
Até morrer.
Mas sempre poder escolher.
Fada, senti assim o teu desafio.
Não quero entrar pela via da agonia, mas detesto que a vida tenha limite.
Passagem. Término. Remate. Baliza.
Tantas vidas que queria viver.
Tantas músicas que gostava de ouvir e livros de ler e pessoas para conhecer e sítios para ir.
E emoções para sentir
Resta-me gozar das ofertas que mereci. E que conquistei.
Mas devia-se poder optar.
Até a última luz se apagar.
Ficar por aqui até querer.
Até morrer.
Mas sempre poder escolher.
Fada, senti assim o teu desafio.
27 comentários:
Pois é Patti. Também penso nisto de vez em quando. É uma injustiça termos que partir, mas se não partirmos outros não podem nascer e nascer é algo maravilhoso. Só quero não sofrer, mas acredito que quando partir darei lugar a um outro Eu que poderá re-nascer!
Bem, antes de mais que fotografia fantástica escolheste para pôr aqui.
Quanto à resposta ao desafio, que forma soberba encontráste.
Um post que adorei.
Beijinhos e veludinhos azuis
Devíamos poder escolher até quando apagar a luz e alguém que carregue no interruptor.
Patti, desculpa o abuso, mas é par dizer que hoje há prémio no vilaforte.
bjs
já te vi com melhores temas.
mas digo-te uma coisa. há luzes que não se apagam.
Ás vezes parece nem haver impossiveis mas depois deparamo-nos com eles...
Im possivel tudo o possivel é ter cuidadeo com as lâmpadas ou improvisar velas ...
bonito texto e imagem...
beijinhos das nuvens
Secretamente também alimento esse desejo....não porque ache que cá faça muita falta, quando partir desta pra melhor, mas porque tenho uma curiosidade imensa em conhecer os meus descendentes, e o mundo em que eles vão viver.
Depois da tão rápida evolução dos últimos 100 anos, penso que daqui a mais 100 a vida será completamente irreconhecível para nós.
Fica-me o gosto de, pelo menos, em relação aos nossos antepassados, termos a vantagem de conseguir deixar registos muito mais exactos do nosso quotidiano, facilitando imenso a vida aos arqueólogos do futuro....
Hum...
Este tema...cheguei a uma conclusão muito simples deste tema: A Morte!
Comecei a achar a Morte tão natural que antes ou depois não me incomoda!
E quem determina o que é o antes e o depois? Antes e depois de quê?
Eu não sei!
Não vivo a pensar no dia, quando, como vou morrer!
Penso que nunca pensei nisso!
Talvez porque nem me interessa da Morte mas sim da VIDA!
Quando acontecer pronto!
Sou da opinião que tudo um dia desaparece, e o momento, esse onde, quando, como, porquê, não interessa, o que interessa é que quem desaparece ficará sempre VIVO dentro de cada um de nós! Pelo que fez! Pelo que viveu! Logo será perda de tempo antecipar momentos mas sim viver a vida que temos nas nossas mãos!
A Morte não me assusta!
Talvez tenha lidado tanto com ela, estou imune ao que ela me possa trazer!
Apenas VIVO!
Não perco tempo a pensar numa coisa inevitável!
Nunca sabemos se chegamos algum dia a nascer,mesmo que esteja tudo certinho até à data!
Mas se nascemos, desde esse dia que temos a única certeza da vida que um dia iremos Morrer!
Não deviamos estar à espera dela como um acto da natureza?
Eu penso assim!
Talvez um dia mude de ideia!Por agora é mesmo assim que penso!
Jito
Sony
Era bom!
Há quem tenha esse privilégio, mas a realidade não aponta para aí...
Vai-se tentando aproveitar ao máximo o que a vida nos traz de bom, não é?
Abraço
Patti,
Sabes, eu gostava de não ter tempo para morrer!...
tretices bem vivas para ti
Ah, a angústia da efemeridade!
Texto, música e imagem: triângulo sedutor e melancólico:))
Tens umas características muito giras, Patti, e que são muito tuas, como esta de pegar num desafio e responder de uma forma única. A outra é o condão de conseguires tocar em assuntos que me são muito próximos e que, se não fosse a recusa de pormenorizar coisas na blogosfera, me fariam encher a tua caixa de comentários ainda mais do que já faço. Percebo pereitamente os teus desejos, apesar de não serem os meus. Um dos meus "aconchegos" é saber que não há maneira de ser imortal, a certeza de que a vida termina e, pricipalmente, que sou senhora do momento de lhe pôr fim.
Quem é que nao gostava de estar neste mundo até querer?
Mas, eu preferia deixar a minha decisao impossivel para poder voltar a ver com vida familia que já partiu.
bjos
Eu aprendi que por vezes se apaga a luz, mas dessa luz fica sempre uma restia de claridade para quem fica...
Eu gostaria de apagar a minha já bem cansada(velhinha), mas primeiro que os meus filhos..
Ora vamos mudar de assunto ó se faxavori :))
pois eu gostei mt do tema e acho que vc escreveu muito poeticamente.
minha flor!
eu tbm queria que as coisas fossem assim, que a gente pudesse escolher. mas só gente boa poderia escolher, o tempo certo. porque os ruins deveriam ir era cedo... que ja estariam indo tarde...
bjs
Concordo contigo, só faço uma alteração, em vez de empregar o termo "até morrer" mudo-o por "eternamente". Tudo isto sem desgaste.
Se não pode ser assim, que seja como "o mundo feliz" de Aldous Huxley.
Reconhecido
De facto, devíamos ser nós a escolher a nossa hora e, quando entrássemos na outra morada, ser pelo nosso pé (lembrei-me dum poema do Ricardo Reis, mas não tive paciência para o ir procurar!!!)
Quando estava a ler o seu texto, lembrei-me que já muitas vezes reflecti no que nele está escrito.
Era bom que muitas coisas pudessem acontecer como nós queremos oou como nós quisessemos que acontecessem. Mas não mandamos em nós nem nas nossas vidas.
Acho este texto muito bem escrito. Muito bom.
Mais um texto, maravilhosamente, bem escrito.
Não, que me identifique, com ele, pois já escrevi sobre, e a luz que se apague um dia, não me assusta.
Mas, escreveste sobre o que sentes, e não somos iguais a ninguém, e respeito acima de tudo.
Beijinho
Ficar e viver a vida em cada dia...
Concordo plenamente contigo.
Um beijo
em azul
E eu sei lá se era bom cada um escolher a sua hora!
Quantos apagariam a luz, num momento de desânimo, deixando tanto para ver e viver....?
E quantos nunca se fartariam de cá estar eternamente....!
Mas... por mim.... gostave de cá ficar ...sempre!!!!
Tenho tantas coisas para fazer!
deu que pensar...este post.
mas, Patti, e o nosso dia-a-dia não é ele feito de escolhas?...se calhar numa escala menor... e quem sabe se no "outro lado" não poderemos também continuar a fazê-las... quem sabe?!
um sorriso :)
ah! obrigª p'lo teu coment! uau... consegui, pronto, tratemo-mos então por tu :)
Tanto este teu post como a música me remetem para alguém que já não tenho comigo e me faz mesmo muita falta: o meu pai.
Aliás, estou quase a publicar novo post acerca dele.
Um beijo!
Bonito texto... penso que todos nós gostaríamos de nos prelongar nesta existência cujo fim não nos pertence. Por isso, venho convidar-te para que em Outubro (data a confirmar) estejas presente no lançamento do meu livro infantil "Ser diferente é bom", realizarás alguns dos desejos de que falas no teu texto... ler um livro, conhecer pessoas (contos ter lá muitos amigos da blogosfera). Fica desde já o convite.
Beijinho
Ah, deixei-te resposta no meu blog à pergunta que fizeste sobre as bolsas de mérito.
Sónia:
Que bom! Onde, quando e a que horas?
Será no fim de outubro, depois confirmo o dia, numa das fnacs de Lisboa. Assim que tenha a confirmação de dia, hora e local, digo-te. Espero por ti... até porque estou a pensar, já me andaram a "chatear" para, marcar um jantar de blogueiros nesse mesmo dia. Bjo
Enviar um comentário