Eu nunca me vou esquecer, como se desce a Rua do Século aos sábados de manhã.
O empedrado da rua, o barulho dos saltos no passeio que acordam aquelas casas brancas, as varandas de ferro com vasos de sardinheiras encarnadas que me espreitam, as portadas antigas de madeira pintada, os cantos escondidos, os táxis que levam os últimos ocupantes do Bairro Alto para casa, os cães vadios que abanam sempre a cauda e os gatos fugidios que me olham desconfiados debaixo dos contentores de lixo. E os sem-abrigo aos cantos, deitados nos cartões, enrolados em mantas cinzentas. As manhãs frescas que recebem no Príncipe Real a feira biológica, o sussurrar das árvores gigantes que nos dizem bom dia.
E nos enviam a brisa como presente.
Espreito o meu rio pela Rua da Emenda. Está lá sempre, o meu Tejo. Umas vezes azul e outras cinzento. Mas nunca sai dali, porque é nosso; dorido mas sempre pontual. Acho que ele chora. É como um cão maltratado, que volta sempre ao dono.
E chegar ao largo Camões, ver o eléctrico amarelo a passear e a gemer nos carris É o 28 que vai p’rá Graça.
Foi no Chiado que nasci. No coração da minha terra, mesmo no centro. Não sei sair dali. Fico presa ao chão, a olhar à roda, dependente não sei do quê. Lamento quando vejo a sujidade da minha aldeia, os estranhos que gozam mal um espaço que não é deles. Já não sei distinguir quem é de lá ou quem só se alimenta dela, a usa e a deita fora. Vai-se tudo embora ao fim da tarde. Mas dali não saio. Não quero. É meu.
Não gosto de mal agradecidos na minha casa. Não gosto dos que se servem dos recursos que a minha aldeia oferece, para depois de encherem os bolsos, dizerem mal dela quando partem. Não gosto de quem cospe no prato que comeu. Quem está mal que se mude. Nas outras aldeias também há pratos, com menos comida, mas há. Desprezo ainda mais os ódios à minha cidade, só porque ela é capital. Assim como os que a ela pertencem e não a defendem. E se é capital, será de todos. Não é ela que decide as raivas que acumula em cima de si, somos nós todos que lhas atribuímos. E isso é errado, totalmente errado. Ela é a cidade mãe. Nada tem a ver com as atitudes dos homens, só sofre com elas.
Connosco. E convosco.
Não quero os meus passeios conspurcados por aqueles que sobre ela proferem veleidades sem a conhecerem, que misturam temas, políticos e dirigentes desportivos, ideias confusas, mal intencionadas e atitudes facciosas. O amor à nossa terra nasce da vivência que temos dela, do que nela experimentámos, do que ela nos ofereceu de graça, do relacionamento diário de dias, semanas, meses e anos. De vidas e de mortes. De curas e doenças. De brancos e pretos. Nasce também do feio, do mau, do trânsito, do stress, das filas, das paredes manchadas, do abandono, do escape dos carros, de empregados mal-educados. Que se lixe do que é que nasce o amor à minha aldeia! Ela é imensa.
A cidade é como um filho. Eu sei dos defeitos dele, não preciso que mos indiquem. Olhem para os vossos. Não se resiste à beleza de Lisboa e quem o fizer não a merece conhecer. Ela não serve para arrogantes, mas para apaixonados.
Ali tenho o meu cheiro, a minha casa, a minha escola, os meus vendedores ambulantes, as minhas memórias do ‘sobe-rua/desce-rua’ de mão dada com a minha mãe, os meus lanches, as minhas compras de Natal, as minhas lojas, as minhas livrarias, as minhas retrosarias, o meu sol, a minha chuva, os meus mendigos e pedintes, os meus engraxadores, os ardinas, as varinas, os cauteleiros, os carteiristas do metro, os meus cegos que tocam pelas ruas, os meus Porfírios com a minha amiga, a nossa Casa Africana, os meus táxis pretos, os fantásticos croissants de doce de ovos da Bénard, o meu café no Nicola, os bitoques do Pic-Nic, os tijolos de marmelada na Tendinha, a ginjinha em copos que em tempos foram lavados à mão, os meus autocarros verdes de dois andares, os meus telhados de telha laranja que descem em escadinha até ao rio, o meu Parque Eduardo VII, os meus patos e pombos, as minhas esplanadas, as minhas papelarias, os cantores do metro, o meu castelo e a sua singular paisagem, única em todo o mundo, os meus bairros de roupa estendida nos varais, as varandas de ferro, as portadas de mil cores, as minhas sete colinas, os jacarandás em flor no mês de Junho, os miradouros, os meus elevadores, os barcos a remos do Campo Grande, a minha Avenida com o meu pai.
O meu Chiado a arder. Há vinte anos. As minha lágrimas.
A emoção sempre que por ali passeio é igual à do emigrante que regressa a casa. É arrepio inato, intuitivo, congénito, incontestável.
Ali fica o meu largo do coreto, é onde a minha banda toca, é onde o meu rancho dança, é ali a festa da minha aldeia.
É aquele burburinho de gente o meu folclore.
Sou de muitos sítios de Portugal, mas é daqui que serei sempre de verdade. Quero sempre nascer assim outra vez.
Sei que nunca vou deixar a minha terra-luz. Gosto de muitas outras, mas só a ela devo fidelidade.
É aquela a minha rua.
Como só Minha é Lisboa.
E nos enviam a brisa como presente.
Espreito o meu rio pela Rua da Emenda. Está lá sempre, o meu Tejo. Umas vezes azul e outras cinzento. Mas nunca sai dali, porque é nosso; dorido mas sempre pontual. Acho que ele chora. É como um cão maltratado, que volta sempre ao dono.
E chegar ao largo Camões, ver o eléctrico amarelo a passear e a gemer nos carris É o 28 que vai p’rá Graça.
Foi no Chiado que nasci. No coração da minha terra, mesmo no centro. Não sei sair dali. Fico presa ao chão, a olhar à roda, dependente não sei do quê. Lamento quando vejo a sujidade da minha aldeia, os estranhos que gozam mal um espaço que não é deles. Já não sei distinguir quem é de lá ou quem só se alimenta dela, a usa e a deita fora. Vai-se tudo embora ao fim da tarde. Mas dali não saio. Não quero. É meu.
Não gosto de mal agradecidos na minha casa. Não gosto dos que se servem dos recursos que a minha aldeia oferece, para depois de encherem os bolsos, dizerem mal dela quando partem. Não gosto de quem cospe no prato que comeu. Quem está mal que se mude. Nas outras aldeias também há pratos, com menos comida, mas há. Desprezo ainda mais os ódios à minha cidade, só porque ela é capital. Assim como os que a ela pertencem e não a defendem. E se é capital, será de todos. Não é ela que decide as raivas que acumula em cima de si, somos nós todos que lhas atribuímos. E isso é errado, totalmente errado. Ela é a cidade mãe. Nada tem a ver com as atitudes dos homens, só sofre com elas.
Connosco. E convosco.
Não quero os meus passeios conspurcados por aqueles que sobre ela proferem veleidades sem a conhecerem, que misturam temas, políticos e dirigentes desportivos, ideias confusas, mal intencionadas e atitudes facciosas. O amor à nossa terra nasce da vivência que temos dela, do que nela experimentámos, do que ela nos ofereceu de graça, do relacionamento diário de dias, semanas, meses e anos. De vidas e de mortes. De curas e doenças. De brancos e pretos. Nasce também do feio, do mau, do trânsito, do stress, das filas, das paredes manchadas, do abandono, do escape dos carros, de empregados mal-educados. Que se lixe do que é que nasce o amor à minha aldeia! Ela é imensa.
A cidade é como um filho. Eu sei dos defeitos dele, não preciso que mos indiquem. Olhem para os vossos. Não se resiste à beleza de Lisboa e quem o fizer não a merece conhecer. Ela não serve para arrogantes, mas para apaixonados.
Ali tenho o meu cheiro, a minha casa, a minha escola, os meus vendedores ambulantes, as minhas memórias do ‘sobe-rua/desce-rua’ de mão dada com a minha mãe, os meus lanches, as minhas compras de Natal, as minhas lojas, as minhas livrarias, as minhas retrosarias, o meu sol, a minha chuva, os meus mendigos e pedintes, os meus engraxadores, os ardinas, as varinas, os cauteleiros, os carteiristas do metro, os meus cegos que tocam pelas ruas, os meus Porfírios com a minha amiga, a nossa Casa Africana, os meus táxis pretos, os fantásticos croissants de doce de ovos da Bénard, o meu café no Nicola, os bitoques do Pic-Nic, os tijolos de marmelada na Tendinha, a ginjinha em copos que em tempos foram lavados à mão, os meus autocarros verdes de dois andares, os meus telhados de telha laranja que descem em escadinha até ao rio, o meu Parque Eduardo VII, os meus patos e pombos, as minhas esplanadas, as minhas papelarias, os cantores do metro, o meu castelo e a sua singular paisagem, única em todo o mundo, os meus bairros de roupa estendida nos varais, as varandas de ferro, as portadas de mil cores, as minhas sete colinas, os jacarandás em flor no mês de Junho, os miradouros, os meus elevadores, os barcos a remos do Campo Grande, a minha Avenida com o meu pai.
O meu Chiado a arder. Há vinte anos. As minha lágrimas.
A emoção sempre que por ali passeio é igual à do emigrante que regressa a casa. É arrepio inato, intuitivo, congénito, incontestável.
Ali fica o meu largo do coreto, é onde a minha banda toca, é onde o meu rancho dança, é ali a festa da minha aldeia.
É aquele burburinho de gente o meu folclore.
Sou de muitos sítios de Portugal, mas é daqui que serei sempre de verdade. Quero sempre nascer assim outra vez.
Sei que nunca vou deixar a minha terra-luz. Gosto de muitas outras, mas só a ela devo fidelidade.
É aquela a minha rua.
Como só Minha é Lisboa.
24 comentários:
Escreves TÃO bem!
Está lindo o teu convite! Como se pode recusar um convite destes?
Vizinhança:
Estou curiosa de ver como comenta hoje, quem comentou ontem. Venho ao fim do dia comentar também. Sobre tudo.
Patti,
também eu nasci em Lisboa. Noutro local, perto da Fonte Luminosa. Eram por ali oa meus passeios. Passeios de mão dada com a minha Avó. Guerra Junqueiro, Praça de Londres, Avenida de Roma. Víamos as montras, bebíamos cafézinho, conversavamos tanto!
Íamos ao mercado de Arroios onde ela conhecia os vendedores certos. Íamos à UCAL à porta de casa comprar manteiga, o leiteiro deixava as garrafas de vidro à porta de casa.
Era tão bom!
mas eu não voltava a viver em Lisboa...
Adoro-a de visita!Bjs
Eu também sou de Lisboa, da Lapa, onde nasci, depois fui para Campo de Ourique e já com 8 anos vim para a Parede. Revivi a minha cidade em cada esquina da tua descrição, o 28, onde andei tantas vezes, mesmo depois de adulta, porque a minha tia continua a viver na Lapa e tive um namorado em Campo de Ourique durante anos. Agora sedentarizei-me aqui pela linha, mas já fui tão fanática por Lisboa que não passava um dia sem lá ir, nem sabia fazer o que quer que fosse que não passasse obrigatoriamente por lá. E a magia do Tejo visto dos miradouros e do castelo? Só é ultrapassada pelo meu mar daqui da linha! Quem é que é capaz de resistir a um convite destes?
Um convite irrecusável. Adoro a cidade de Lisboa. Não a dos prédios modernos mas a das pessoas. Não a do consumismo mas a das tradições e da história... e sempre que vou a Lisboa não dispenso uma subida ao castelo de S. Jorge, ao longo das ruelas e escadas... Sabe bem chegar lá ao topo, já cansada, e ter como recompensa aquela vista magnífica:) um óptimo post!
Olha e aqui a cidadã-do-mundo, que se Vasco da Gama não tivesse descoerto o caminho marítimo para a Índia, daí também ser chamada de Gi da Gama, também pode ter um convite desses?
Minha cara amiga, nada como sair por uns dias da nossa aldeia,para que os nossos sentimentos e o olhar para a nossa aldeia tenham outro valor.
Escrevi ontem,no outro post sobre atua visita ao Porto, que devia ser obrigatório todos os Portugueses conhecerem Lisboa e o Porto, com estes dois textos é irrecusável o convite a visitar essas duas magnificas cidades Portuguesas.
Convite mais que aceite. Este sábado, por exemplo, vou fazer turismo por Lisboa, de máquina em punho, para tentar captar aqueles momentos que só Lisboa consegue oferecer. Uma beijoca!
Esta?????
Estou-te a achar uma certa piada!
Ahahah!
Está aceite o convite com todo o prazer :)
Será só mesmo uma questão de agenda, como sabes!
Adorei a forma como tão bem descreves a cidade.
Porque já conversanmos sobre este tema (das cidades, do facto de Lisboa ser a capital) deixa-me só fazer um pequeno comentário. Quem por vezes critica a "capital" fá-lo a quem governa e não à cidade em si (ok haverá também quem critique as gentes mas não é disso que me refiro). A crítica normalmente é feita pela discrepância que há no investimento do estado nas respectivas regiões.
Quanto à tua cidade, gosto muito dela e daí só tenho boas recordações, que espero aumentar muito brevemente :P
Beijosss e obrigada pelo convite!
Confesso que conheço muito pouco de Lisboa.
Quando vou, vou de fujida ou de visita a alguns familiares.
È diferente do meu Porto, lá isso é,mas não deixa de ter o seu encanto.Visitei em tempos uma "prima " na Sé, gostei d'aquelas ruas antigas com vasos nas janelas, fazem lembrar a parte mais antiga aqui da cidade.
Nem tudo é direrente :))
Gostei do passeio que me levas-te a fazer.
Gosto das cidades pela manhã, quando ainda se estão a espreguiçar e pelas ruas ainda se consegue sentir algum silêncio.Principalmente aqueles que a Patti tão bem descreve neste post.
Habituei-me desde muito miúdo a vir a Lisboa com frequência, porque a minha irmã, 12 anos mais velha, veio para cá estudar e por cá ficou. Vivia, nessa altura, a pensar no dia em que viria eu também.
Durante anos- ai que pecado eu vou cometer...- gostei mais de Lisboa do que do Porto.
Hoje gosto mais do Porto mas, confesso, não me vejo a viver lá!
O meu amor ao Porto tem, hoje em dia, algo de umbilical. Foi a cidade onde (quase) nasci e vivi até aos 17 anos. Não gosto que digam mal dela.
Mas não é só por isso... é também porque a guerra Norte- Sul me irrita pelo provincianismo-e muita ignorância- que revela.
As pessoas do Porto são ímpares. Afectivas, hospitaleiras mas também por vezes - como já escrevi no CR- demasiado bairristas.
Na verdade eu gosto muito de Portugal, de quase tudo... mas como alguém disse num comentário acima,o centralismo político está a secar tudo em volta e a situação de degradação política, económoica e social a deixar os portugueses zangados com a Pátria. Isso entristece-me, porque não imaginei que , depois do 25 de Abril, fosse possível recuar tanto na forma de pensar o País.( ai onde isto iria dar se continuasse..)
Deculpe, Patti, mas mais uma vez não soube respeitar o espaço. Felizmente já sabe como sou... mas prometo conter-me em próximas investidas.
Muito bonita mesmo, Patti.
Um beijo
Nao sabia que tinhas nascido no Chiado!!! Eu passei lá mtos anos e tenho muito boas recordaçoes de todos esses sitios que mencionaste e mais alguns ( A casa Chinesa na Rua do Ouro onde tomava todos os dias o pequeno almoço...).Que saudades desses momentos.
Gracias desde Madrid por recordarmelos!
Sou portuense de gema, adoro a minha cidade e as suas gentes, a pronúncia que não uso a não ser quando falo sem pensar ou me dá jeito carregar a tónica do sentido, a genuinidade de quem ainda tem a opção de não ser cosmopolita.
Mas isso não me faz não gostar de Lisboa. Pelo contrário.
Distingo muito bem o que é politiquice, tachos, fervor futebolístico ou outras rivalidades e olho só para a cidade tal como é.
Bonita, cheia de vida, de história, atravessada por um rio que, pacientemente, transporta ao colo os cacilheiros, com monumentos imponentes carregados de anos ou outros, mais jovens, que marcam, instantaneamente, a retina e publicam um postal mental.
Gosto.
É a capital? Pois seja. É porque o mereceu...O meu Porto também tem título...deu o nome a Portugal.
P.S. - Quanto ao convite... é irrecusável!!
Patti
Sou de uma … “…cidade do Alto Alentejo, cercada de serras, ventos, penhascos, oliveiras e sobreiros…”
Mas adoro-a, como se de um amor materno se tratasse.
Estou ligado a outros lugares onde vivi intensamente durante fases marcantes da minha vida.
Em Lisboa e no Chiado, curiosamente, foi um desses sítios. O Largo do Calhariz, era o meu destino num imponente edifício, depois de me apear do comboio nos Restauradores e subir em desenfreada competição com as minhas pernas, a Calçada do Carmo. Parava no largo do Carmo para beber água na fonte e retemperar forças para chegar com um ar fresco junto do meu pai.
Ao cimo do elevador da Bica, morava a avó de um amigo de infância, onde ia ter depois de cumprimentar o progenitor. Ladeado por esse amigo, e depois de combinarmos a ementa do lanche, íamos para o Camões, com desvio na Rua do Norte para cumprimentar a mãe dele.
Depois, era a tarde por nossa conta. Deambulando pelas ruas, entrando em lojas de desporto, de ferramentas e artigos eléctricos, porque ele era todo “engenhocas” (hoje é engenheiro).
Depois do lanche em casa da “avó” Matilde, vinha o passeio pelo largo de Sta. Catarina onde nos sentávamos nos bancos de pedra a conversar e a olhar para o rio.
Mais tarde, com a adolescência já madura, eram as conversas nos cafés do Chiado, eram as chamuças do Coche Real, eram as visitas a casa de uma amiga na Rua do Crucifixo, eram as compras no Grandela, eram as visitas à Socidel e à Casa Senna…enfim, mas acabava sempre o dia, quanto mais não fosse, por uma passagem por Sta. Catarina, onde muitas vezes o meu pai se encontrava comigo para regressarmos a casa.
É bom recordar estas TRETAS!...
Bons tempos!...
Tretices com saudosismo para ti
No meu primeiro ano de faculdade tinha aulas no Palácio de Santa Helena, perto do Panteão Nacional e da Feira da Ladra. Ao Sábado de manhã cedo (sim, tinhamos aulas ao Sábado) adorava subir a pé por aquelas ruazinhas estreitas com aquela luz fantástica aqueles cheiros...Era sublime.
Jokas
Lisboa é a minha 2ª cidade. Desde os 7 anos que a conheço. Tenho-a no coração!
Quando cheguei a Santa Apolónia, vinda da aldeia, olhei à minha volta e tudo era imenso. A estrada enorme, as luzes que eram tantas...havia muitos carros de muitos modelos.Os autocarros de 2 andares, os eléctricos....
Recordo muitas vezes os pic-nics feitos no Castelo de S. Jorge, a Senhora da Saúde, os alfarrabistas... havia tantos!!!!
Lisboa foi a minha cidade quase a tempo inteiro quando lá trabalhava, estudava, comia, comprava, passeava...
Ainda mantenho o hábito de fazer compras em Lisboa, em lojas de rua. Detesto centros comerciais.
Patti tens uma linda terra. Pena é que não a estimem como dizes!
Sabes que se fala num movimento de artistas que povoem a zona do Chiado, para que ela zona volte a ter a vida de há uns anos?
Gosto da luz de Lisboa.
Se me for possível, até sexta!
Ai, ai... até doeu! De amor!
Que eu nasci alfacinha e tornei-me Coimbrã.
E depois o regresso a este lado do Rio meu, teu, de quem o ama.
E a casa Batalha?
E os Piratas?
E o Conservatório?
E o Pavilhão Chinês?
E a Trindade? Os alfarrabistas, o Pórtico?
Que viagem Patti!
Quem me dera, mas pelos próximos tempos vou ter que assentar na Invicta...
Beijoca grande e vou descer ao próximo
Não nasci em Lisboa, mas foi esta a cidade em que cresci, em que vivi e que um dia me vai receber de braços abertos!!
Sinto falta dos aromas, do movimento, do frenesim da cidade...eu sei que por aqui se tem mais qualidade de vida, mas Lisboa é Lisboa, digam o que disserem!!
Poi eu, um puríssimo e genuíno tripeiro, nascido na casa do nosso santo padroeiro da minha mui nobre e invicta cidade, no Hospital de São João pois claro, ainda conheço pouco da capital de Portugal, Lisboa, e esse convite está desde já aceite por nós.
Beijinhos
Vizinhança:
Que contente fico por todos gostarem de Lisboa. Mas no entanto é com pena que vejo que um ou outro a conhece mal.
Mas o convite foi feito e serão todos bem vindos.
Portugal é muito pequeno para guerras entre cidades e comparações ridículas. Todas têm as suas particularidades, faz parte. É na diferença que está a riqueza.
Não queiramos é ser como outros países, onde os ódios entre cidades é levado ao limite do absurdo.
Vamo-nos vendo por aí!
Que bonito, o teu amor pela cidade e, particularmente, pelo Chiado.
Também nasci em Lisboa, mas sepre vivi na chamada "linha", em S.Pedro, depois na Parede. Não tenho aquele vínculo emocional a Lisboa que tanta gente tem e acho fantástico.
Mas tentarei incutir nos meus filhos o gosto pela cidade.
Beijinhos.
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