quarta-feira, 2 de abril de 2008

desconforto


Sempre que me deparo com um sinal de Stop, fico melindrada. Seja onde for. Ajo com naturalidade, mas incomodam-me os Stop. Fico logo alerta e não gosto de guiar em alerta. Gosto de guiar com atenção que é muito diferente. Paro sempre, mesmo quando não vem ninguém.

Apesar de ser um sinal de trânsito com um significado claro como água, parar é parar, desconfio sempre dele. Suspeito daqueles que lá vêm e fazem pisca, avisando-me para eu ficar descansada, que vão virar, que não irão passar à minha frente e que posso avançar à confiança. Nunca acredito neles. Já enganaram tantos. E se vão distraídos e o pisca não foi desfeito por esquecimento? E se à última da hora decidem não virar e resolvem ir em frente? E se nem sequer sabem que têm o pisca ligado?

E se . . .

E depois, há ainda outra coisa que me deixa a ferver. Os fitipaldis que estão atrás de mim, aposto que a congeminar, “anda lá oh Amélia, ‘tás à espera do quê? Passa agora oh lesma, ainda tinhas 10 décimos de segundo, à vontadinha! Então abécula, é p’ra hoje?


Não gosto destes sinais.

me morreram pessoas num sinal de Stop.

6 comentários:

Olá!! disse...

Patti, antes de mais parabéns pelos 3 blogs.
Uma delicia de cor e conteúdo.
Stops... estou como tu, poucos sabem respeitá-los, ainda há dias postei sobre isso... parar, escutar e olhar...
:)))
Beijosss

Patti disse...

Obrigada, as três portas estão sempre abertas.

Francisco Coelho disse...

Ola Patti

Que todos os Stops da vida fossem tão bem humorados.

Abç

LeniB disse...

Memórias...lembranças...paragens...
Todos temos "stops" nas nossas vidas.

Rosana disse...

Patti,
Estive passeando pelos teus blogs e estou encantada com tudo, do bom gosto e conteúdo da escrita e das imagens maravilhosas.
Beijos,
Rosana

BlueVelvet disse...

Estava a rir com o teu jeitinho divertido de escrever, mas o sorriso morreu na última linha.
Lamento.
Beijinhos e veludinhos